Os pontos positivos e os resultados dos 10 anos do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) no Paraná, além de uma experiência internacional sobre o programa foram apresentados durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (29) em Curitiba.
Participaram o coronel da Polícia Militar de São Paulo, Luiz de Castro Junior (coordenador da Câmara Técnica do Proerd no Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e Bombeiros Militares do Brasil - CNCG), o tenente-coronel da PM paranaense Douglas Sabatini Dabul (comandante do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária e Coordenador do Proerd no Paraná) e a representante e diretora de Políticas de Prevenção e Tratamento da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Carla Dalbosco.
O Proerd é aplicado em 10 lições, com duração de uma hora cada uma. As aulas são aplicadas uma vez por semana para no mínimo 16 turmas das quartas séries (5º ano) e sextas séries (7º ano).
“Trabalhamos conceitos sobre o assunto porque o foco do programa é a valorização da vida”, explica o tenente-coronel Dabul. “O aluno sai da rotina, deixa de ter apenas um professor e passa a ter vários; trabalhamos basicamente a auto-estima das crianças, o relacionamento nas atividades em grupo, em sala ou em duplas, onde eles discutem temas que são pertinentes à prevenção e análise de futuro”, completa.
TOTAL - Atualmente 133 policiais militares, do batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), atuam o Proerd do Paraná, que foi o Proerd foi implantado no ano 2000 e já formou mais de um milhão alunos de escolas estaduais, municipais e particulares. “Atingimos a média de 100 mil alunos por ano e estamos trabalhando para que este índice aumente e para que eles tornem-se multiplicadores”, explica Dabul.
O tenente-coronel destacou que já conhece casos de pessoas que deixaram o álcool, por exemplo, por influência de um aluno do Proerd. “A criança cobra dos pais algum comportamento; isso acontece tanto em relação às drogas lícitas quanto ilícitas”, destaca. Atualmente 191 municípios paranaenses possuem o programa em suas escolas.
O coronel Castro trouxe ao Paraná dois assuntos que serão discutidos durante o VI Encontro Nacional do Proerd, iniciado nesta segunda-feira (29).
O primeiro é uma lição complementar, especificamente sobre o crack (utilizada em Los Angeles – EUA), que foi adaptada para ser apresentada no Paraná e indicada para ser aplicada no Brasil.
O segundo é o Bullying (espécie de agressão intencional, verbal ou física, feita de maneira repetitiva por um ou mais alunos contra um ou mais colegas).
O coronel Castro disse que quando se trata de Segurança Pública é preciso considerar três níveis: “O primeiro é a prevenção, a parte educativa, na qual a população é participante como cidadão. No segundo, estão polícia propriamente dita, o Ministério Público e o Judiciário. O último é a execução da pena e a reabilitação do preso.”
Então, acrescenta o coronel, é preciso investimento na prevenção primária. “O Proerd é o maior programa educacional que não está diretamente ligado à rede de educação, mas sim às polícias militares do Brasil”, disse.
O bullying também é um dos assuntos tratados pelo coronel Castro da Polícia Militar de São Paulo. “Este problema iniciou-se nos Estados Unidos, assim como o Proerd, e agora está bastante presente no Brasil e precisa ser enfrentado. Por isso, queremos apresentar à matriz do Proerd nos EUA duas lições complementares às 10 já existentes, uma em relação ao bullying e outra sobre o crack”, revelou. Para o coronel, todas estas ideias estão dentro da filosofia do policiamento comunitário, uma das diretrizes das polícias militares hoje.
A representante da Secretária Nacional Antidrogas, Carla Dalbosco, apresentou o tema de sua palestra durante a coletiva. “As ações de enfrentamento ao crack devem ser intersetoriais, ou seja, deve reunir saúde, segurança, educação e justiça para formar uma rede de tratamento sobre a questão e provocar reinserção social”, ressaltou.
Diversas pesquisas estão sendo desenvolvidas em todo o país com objetivo de fazer um levantamento do consumo e da disseminação do crack. “São levantamentos de caráter epidemiológico e etnológico para sabermos qual é a realidade que enfrentamos”, destacou. Os primeiros resultados deverão ser publicados até o começo do ano de 2011.
Estão participando do evento cerca de 600 pessoas entre pedagogos, policiais militares do Paraná e outros estados como São Paulo, Rio de janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, entre outros. Também se fazem presentes conselheiros tutelares da Infância e Juventude e de Políticas sobre Drogas, além de ex-alunos do Proerd paranaense.
A Polícia Comunitária para a pronta intervenção junto às escolas, família e comunidade, também será tema durante o encontro. Outras conferências, oficinas e painéis estão programados para os dois dias de evento, segunda-feira (29) e terça-feira (30).
A abertura oficial do evento às 9h da segunda-feira (29) contou com a participação do comandante-geral da Polícia Militar do Paraná coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens e convidados como autoridades, professores, alunos do Proerd e representantes da comunidade.
EVENTO - O objetivo do encontro é comemorar 10 anos de atividades do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), que já resultou em mais de um milhão de estudantes formados e qualificados na condição de multiplicadores de informações preventivas sobre drogas e cidadania. Serão debatidos assuntos relacionados ao consumo de drogas e a violência no contexto social
Também serão discutidas as questões técnicas e pedagógicas relacionadas à aplicação do Proerd no Paraná e no Brasil, com a apresentação de metodologias aplicadas nas atividades em sala de aula do programa. Durante todo o evento serão realizadas oficinas temáticas para a discussão de assuntos relacionados ao Proerd para incrementar o trabalho já realizado pelas Polícias Militares do Brasil.
OFICINAS – Durante a tarde de segunda-feira (29) e a manhã de terça-feira (30) serão realizadas oficinas temáticas com diversos assuntos relacionado ao trabalho desenvolvido pelo Proerd. Os temas de discussões serão: Neurologia da Dependência Química – Uso do Crack e Outras Drogas de Maior Prevalência Social; Experiências e Práticas Sociais do Proerd no Paraná e no Brasil; As Relações Possíveis Entre o Estatuto da Criança e da Adolescência (Lei nº 8.069/90) e a Nova Lei sobre Drogras no Brasil (Lei nº 11.343/06); e o Programa “Policiamento Comunitário Escolar – PCE”.
Participaram o coronel da Polícia Militar de São Paulo, Luiz de Castro Junior (coordenador da Câmara Técnica do Proerd no Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e Bombeiros Militares do Brasil - CNCG), o tenente-coronel da PM paranaense Douglas Sabatini Dabul (comandante do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária e Coordenador do Proerd no Paraná) e a representante e diretora de Políticas de Prevenção e Tratamento da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Carla Dalbosco.
O Proerd é aplicado em 10 lições, com duração de uma hora cada uma. As aulas são aplicadas uma vez por semana para no mínimo 16 turmas das quartas séries (5º ano) e sextas séries (7º ano).
“Trabalhamos conceitos sobre o assunto porque o foco do programa é a valorização da vida”, explica o tenente-coronel Dabul. “O aluno sai da rotina, deixa de ter apenas um professor e passa a ter vários; trabalhamos basicamente a auto-estima das crianças, o relacionamento nas atividades em grupo, em sala ou em duplas, onde eles discutem temas que são pertinentes à prevenção e análise de futuro”, completa.
TOTAL - Atualmente 133 policiais militares, do batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), atuam o Proerd do Paraná, que foi o Proerd foi implantado no ano 2000 e já formou mais de um milhão alunos de escolas estaduais, municipais e particulares. “Atingimos a média de 100 mil alunos por ano e estamos trabalhando para que este índice aumente e para que eles tornem-se multiplicadores”, explica Dabul.
O tenente-coronel destacou que já conhece casos de pessoas que deixaram o álcool, por exemplo, por influência de um aluno do Proerd. “A criança cobra dos pais algum comportamento; isso acontece tanto em relação às drogas lícitas quanto ilícitas”, destaca. Atualmente 191 municípios paranaenses possuem o programa em suas escolas.
O coronel Castro trouxe ao Paraná dois assuntos que serão discutidos durante o VI Encontro Nacional do Proerd, iniciado nesta segunda-feira (29).
O primeiro é uma lição complementar, especificamente sobre o crack (utilizada em Los Angeles – EUA), que foi adaptada para ser apresentada no Paraná e indicada para ser aplicada no Brasil.
O segundo é o Bullying (espécie de agressão intencional, verbal ou física, feita de maneira repetitiva por um ou mais alunos contra um ou mais colegas).
O coronel Castro disse que quando se trata de Segurança Pública é preciso considerar três níveis: “O primeiro é a prevenção, a parte educativa, na qual a população é participante como cidadão. No segundo, estão polícia propriamente dita, o Ministério Público e o Judiciário. O último é a execução da pena e a reabilitação do preso.”
Então, acrescenta o coronel, é preciso investimento na prevenção primária. “O Proerd é o maior programa educacional que não está diretamente ligado à rede de educação, mas sim às polícias militares do Brasil”, disse.
O bullying também é um dos assuntos tratados pelo coronel Castro da Polícia Militar de São Paulo. “Este problema iniciou-se nos Estados Unidos, assim como o Proerd, e agora está bastante presente no Brasil e precisa ser enfrentado. Por isso, queremos apresentar à matriz do Proerd nos EUA duas lições complementares às 10 já existentes, uma em relação ao bullying e outra sobre o crack”, revelou. Para o coronel, todas estas ideias estão dentro da filosofia do policiamento comunitário, uma das diretrizes das polícias militares hoje.
A representante da Secretária Nacional Antidrogas, Carla Dalbosco, apresentou o tema de sua palestra durante a coletiva. “As ações de enfrentamento ao crack devem ser intersetoriais, ou seja, deve reunir saúde, segurança, educação e justiça para formar uma rede de tratamento sobre a questão e provocar reinserção social”, ressaltou.
Diversas pesquisas estão sendo desenvolvidas em todo o país com objetivo de fazer um levantamento do consumo e da disseminação do crack. “São levantamentos de caráter epidemiológico e etnológico para sabermos qual é a realidade que enfrentamos”, destacou. Os primeiros resultados deverão ser publicados até o começo do ano de 2011.
Estão participando do evento cerca de 600 pessoas entre pedagogos, policiais militares do Paraná e outros estados como São Paulo, Rio de janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, entre outros. Também se fazem presentes conselheiros tutelares da Infância e Juventude e de Políticas sobre Drogas, além de ex-alunos do Proerd paranaense.
A Polícia Comunitária para a pronta intervenção junto às escolas, família e comunidade, também será tema durante o encontro. Outras conferências, oficinas e painéis estão programados para os dois dias de evento, segunda-feira (29) e terça-feira (30).
A abertura oficial do evento às 9h da segunda-feira (29) contou com a participação do comandante-geral da Polícia Militar do Paraná coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens e convidados como autoridades, professores, alunos do Proerd e representantes da comunidade.
EVENTO - O objetivo do encontro é comemorar 10 anos de atividades do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), que já resultou em mais de um milhão de estudantes formados e qualificados na condição de multiplicadores de informações preventivas sobre drogas e cidadania. Serão debatidos assuntos relacionados ao consumo de drogas e a violência no contexto social
Também serão discutidas as questões técnicas e pedagógicas relacionadas à aplicação do Proerd no Paraná e no Brasil, com a apresentação de metodologias aplicadas nas atividades em sala de aula do programa. Durante todo o evento serão realizadas oficinas temáticas para a discussão de assuntos relacionados ao Proerd para incrementar o trabalho já realizado pelas Polícias Militares do Brasil.
OFICINAS – Durante a tarde de segunda-feira (29) e a manhã de terça-feira (30) serão realizadas oficinas temáticas com diversos assuntos relacionado ao trabalho desenvolvido pelo Proerd. Os temas de discussões serão: Neurologia da Dependência Química – Uso do Crack e Outras Drogas de Maior Prevalência Social; Experiências e Práticas Sociais do Proerd no Paraná e no Brasil; As Relações Possíveis Entre o Estatuto da Criança e da Adolescência (Lei nº 8.069/90) e a Nova Lei sobre Drogras no Brasil (Lei nº 11.343/06); e o Programa “Policiamento Comunitário Escolar – PCE”.