Psicóloga fala sobre drogas a policiais do Proerd

Palestra faz parte do encontro nacional realizado em Curitiba, até esta terça-feira (30)
Publicação
30/11/2010 - 16:42
Editoria

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A psicóloga Sônia Alice Felde Maia, coordenadora estadual Antidrogas, da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania, falou, na manhã desta terça-feira (30), sobre dependência química e efeitos, provocados pelo uso do crack e outras drogas. A palestra foi dada no último dia do VI Encontro do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), em Curitiba.
Temas como as diferenças entre os entorpecentes, a reação que causam no organismo e como acontece a dependência foram abordados pela psicóloga, na palestra “Neurologia de dependência química – o uso do crack e outras drogas de maior prevalência social”. Foram passadas noções básicas de técnicas aos policiais, que atuam no Proerd, já que estão em contato com as crianças e agem como instrutores. “Temos implementado programas dessa ordem em todo o estado, de forma que isso venha a complementar todo o trabalho que temos realizado no decorrer dos tempos”, disse Sônia.
Para ela, a dependência química pode ser superada, porém, é necessário tratamento e acompanhamento constante de especialistas. “A dependência química é uma doença crônica. Tem tratamento e deve-se cuidar até o final da vida”, disse a psicóloga.
“É necessário que os policiais entendam a neurofisiologia da dependência química, o funcionamento cerebral e a ação das drogas, a fim de que possam, com esse entendimento, qualificar-se melhor e tecnicamente saber fazer esse enfrentamento da melhor forma possível”, esclareceu a psicóloga.
Sônia também avalia que os participantes se mostraram muito interessados pelas orientações. “Em geral, nos eventos que realizamos, há procura muito grande em relação a esse tema, por conta da própria qualificação e das informações mais técnicas que eles possam trabalhar”.
Para o neurologista e professor Luiz Nelson Fernandes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, os danos cerebrais acontecem, porém, são reversíveis. “Existem doenças onde há possibilidade de reversão do quadro clínico, outras em que a reversão é incompleta, muitas vezes com sequelas incapacitantes, e outras onde a evolução do quadro é inexorável”, afirmou.

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