Há sete anos seria difícil vislumbrar o setor produtivo e o setor ambiental discutindo, juntos, a sustentabilidade da propriedade rural no Paraná. Nesta quinta-feira (25), em Curitiba, durante o Simpósio de Mercado de Carbono - “Panorama Pós COP 15 e Código Florestal para o Sistema Cooperativista” - realizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), foi evidente a evolução no diálogo entre setores.
O encerramento do evento, onde foram apresentadas iniciativas de sucesso sobre MDL e discussões sobre o Código Florestal Brasileiro, contou com a presença do secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e do presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko,
O presidente da Ocepar, João Paulo Koslowski, concorda que nos últimos anos a relação entre agricultura e meio ambiente melhorou. “O meio ambiente é uma preocupação permanente e a evolução na Ocepar foi enorme. Para que se tenha uma idéia, não existia dentro do sistema um grupo organizado para discutir as questões ambientais e criamos isso em função da atuação da Secretaria do Meio Ambiente e do IAP”, declarou.
Segundo ele, a mudança no relacionamento com os órgãos ambientais ocorreu de forma gradativa e resultou também em uma mudança na forma em que o produtor passou a receber as informações ambientais. “Aperfeiçoamos na medida em que os problemas eram apresentados e discutíamos em bom nível para ambas as partes. Desta forma questões pendentes no passado foram solucionadas sem que houvesse qualquer caso de descumprimento da legislação. Ou seja, a aproximação facilitou para os órgãos fiscalizadores e também para os produtores rurais”.
Em relação ao tema Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), o presidente da Ocepar contou que a escolha se deve a dificuldade de implantação dos projetos de sequestro de carbono no país. “Temos uma preocupação com o tema devido à dificuldade de implementação. A idéia do simpósio foi mostrar que é viável, tem condições de evoluir, mas para isso deve haver um entendimento com os órgãos governamentais. Isso porque os produtores ainda não assimilaram os resultados efetivos do mecanismo em um processo geral dentro da sua propriedade”, relatou.
O Paraná possui 238 cooperativas filiadas a Ocepar e 535 mil cooperados em todos os segmentos – sendo 13 ramos diferenciados relacionados aos segmentos de crédito, agropecuário, saúde, transporte, trabalho, consumo, entre outros. O cooperativismo gera no Estado 1,3 milhão de postos de trabalho diretos e indiretos. Apenas no ramo agropecuário são 130 mil cooperados.
MEIO AMBIENTE - “É comprovado que os recursos naturais existentes na Terra não têm mais condições de sustentar todos os seres humanos que nela vivem. Por isso, a saída está em cada setor e em cada segmento da sociedade”, enfatizou o secretário Rasca Rodrigues. Segundo ele, nos últimos anos o Paraná conseguiu recompor 76 mil novos hectares de florestas e plantar 110 milhões de árvores de mata ciliar, com o apoio do homem do campo.
“Saímos do discurso do não pode para o discurso do como pode e sempre abrindo espaço para o diálogo. Com isso, hoje temos legislações específicas para a avicultura, sivicultura, psicultura e pesca e todas elas em consonância com o código florestal, mas sem prejudicar o agricultor”, mencionou Rasca. O secretário lembrou ainda, que o setor alcooleiro recompôs 100% da Reserva Legal e da mata ciliar e não arrenda áreas para plantio que não estejam cumprindo com a legislação ambiental.
O presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, falou sobre o código florestal e, entre outros temas, abordou o manejo sustentável da Reserva Legal – área referente a 20% da propriedade que por Lei deve ser preservada ou recomposta com plantio de árvores. “Existe como produzirmos com sustentabilidade ambiental e o Paraná pode provar isso. Nunca defendemos que a Reserva Legal deve ser intocada e sim, manejada com espécies nativas e exóticas, gerando que renda para a propriedade rural”, destacou. “Com as ferramentas instituídas pelo IAP reduzimos 98% dos conflitos que existiam no passado com o setor rural”, mencionou.
Ele ainda disse que o cumprimento do Código Florestal não está previsto apenas para o homem do campo, mas também para àqueles que vivem nas cidades. “E a consciência no campo está maior. Tanto que estamos perto do dia em que a compensação financeira será destinada àqueles que preservam além do que determina a legislação”, completou Burko.
Para ele os caminhos da sustentabilidade devem ser definidos – com a revisão do Código Florestal, por exemplo, inserindo o papel de cada agente. “A questão ambiental não é mais uma queda de braço e o que precisamos efetivamente é de uma política transparente, clara e que especifique os objetivos de todos os setores. Caso contrário, faremos com que nossos filhos paguem o preço da nossa irresponsabilidade”, finalizou Burko.
Durante o Simpósio na Ocepar foram apresentados programas de Carbono da OCB, políticas para mitigação de mudanças climáticas, inventário, vulnerabilidade e estratégias de mitigação das mudanças climáticas para o setor agropecuário.
O encerramento do evento, onde foram apresentadas iniciativas de sucesso sobre MDL e discussões sobre o Código Florestal Brasileiro, contou com a presença do secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e do presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko,
O presidente da Ocepar, João Paulo Koslowski, concorda que nos últimos anos a relação entre agricultura e meio ambiente melhorou. “O meio ambiente é uma preocupação permanente e a evolução na Ocepar foi enorme. Para que se tenha uma idéia, não existia dentro do sistema um grupo organizado para discutir as questões ambientais e criamos isso em função da atuação da Secretaria do Meio Ambiente e do IAP”, declarou.
Segundo ele, a mudança no relacionamento com os órgãos ambientais ocorreu de forma gradativa e resultou também em uma mudança na forma em que o produtor passou a receber as informações ambientais. “Aperfeiçoamos na medida em que os problemas eram apresentados e discutíamos em bom nível para ambas as partes. Desta forma questões pendentes no passado foram solucionadas sem que houvesse qualquer caso de descumprimento da legislação. Ou seja, a aproximação facilitou para os órgãos fiscalizadores e também para os produtores rurais”.
Em relação ao tema Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), o presidente da Ocepar contou que a escolha se deve a dificuldade de implantação dos projetos de sequestro de carbono no país. “Temos uma preocupação com o tema devido à dificuldade de implementação. A idéia do simpósio foi mostrar que é viável, tem condições de evoluir, mas para isso deve haver um entendimento com os órgãos governamentais. Isso porque os produtores ainda não assimilaram os resultados efetivos do mecanismo em um processo geral dentro da sua propriedade”, relatou.
O Paraná possui 238 cooperativas filiadas a Ocepar e 535 mil cooperados em todos os segmentos – sendo 13 ramos diferenciados relacionados aos segmentos de crédito, agropecuário, saúde, transporte, trabalho, consumo, entre outros. O cooperativismo gera no Estado 1,3 milhão de postos de trabalho diretos e indiretos. Apenas no ramo agropecuário são 130 mil cooperados.
MEIO AMBIENTE - “É comprovado que os recursos naturais existentes na Terra não têm mais condições de sustentar todos os seres humanos que nela vivem. Por isso, a saída está em cada setor e em cada segmento da sociedade”, enfatizou o secretário Rasca Rodrigues. Segundo ele, nos últimos anos o Paraná conseguiu recompor 76 mil novos hectares de florestas e plantar 110 milhões de árvores de mata ciliar, com o apoio do homem do campo.
“Saímos do discurso do não pode para o discurso do como pode e sempre abrindo espaço para o diálogo. Com isso, hoje temos legislações específicas para a avicultura, sivicultura, psicultura e pesca e todas elas em consonância com o código florestal, mas sem prejudicar o agricultor”, mencionou Rasca. O secretário lembrou ainda, que o setor alcooleiro recompôs 100% da Reserva Legal e da mata ciliar e não arrenda áreas para plantio que não estejam cumprindo com a legislação ambiental.
O presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, falou sobre o código florestal e, entre outros temas, abordou o manejo sustentável da Reserva Legal – área referente a 20% da propriedade que por Lei deve ser preservada ou recomposta com plantio de árvores. “Existe como produzirmos com sustentabilidade ambiental e o Paraná pode provar isso. Nunca defendemos que a Reserva Legal deve ser intocada e sim, manejada com espécies nativas e exóticas, gerando que renda para a propriedade rural”, destacou. “Com as ferramentas instituídas pelo IAP reduzimos 98% dos conflitos que existiam no passado com o setor rural”, mencionou.
Ele ainda disse que o cumprimento do Código Florestal não está previsto apenas para o homem do campo, mas também para àqueles que vivem nas cidades. “E a consciência no campo está maior. Tanto que estamos perto do dia em que a compensação financeira será destinada àqueles que preservam além do que determina a legislação”, completou Burko.
Para ele os caminhos da sustentabilidade devem ser definidos – com a revisão do Código Florestal, por exemplo, inserindo o papel de cada agente. “A questão ambiental não é mais uma queda de braço e o que precisamos efetivamente é de uma política transparente, clara e que especifique os objetivos de todos os setores. Caso contrário, faremos com que nossos filhos paguem o preço da nossa irresponsabilidade”, finalizou Burko.
Durante o Simpósio na Ocepar foram apresentados programas de Carbono da OCB, políticas para mitigação de mudanças climáticas, inventário, vulnerabilidade e estratégias de mitigação das mudanças climáticas para o setor agropecuário.