Saúde promove seminário sobre controle do diabetes

No Brasil, a hipertensão arterial e o diabetes são as principais causas de mortalidade e de internamento, de amputações de membros inferiores
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26/10/2010 - 17:30
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A Secretaria da Saúde, em parceria com a Universidade Federal do Paraná, promove, até esta quarta-feira (27), o seminário “A atenção primária no cuidado integral ao paciente portador de diabetes”. Cerca de 80 profissionais das 22 regionais de Saúde – farmacêuticos e coordenadores do programa de hipertensão e diabetes – discutem como melhorar o cuidado com o paciente, desde o controle glicêmico com dieta até a efetividade do tratamento com insulinas.
“A detecção do diabetes deve ser feita na atenção primária, ou seja, no primeiro atendimento, para evitar complicações como amputação de membros inferiores, pacientes em diálise e cegueira. Além da economia de recursos com tratamento, o paciente terá mais qualidade de vida se souber controlar o diabetes desde o início”, afirmou o secretário da Saúde, Carlos Moreira Júnior, que participou da abertura do evento, nesta terça-feira (26).
De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, 6% da população brasileira tem diabetes. No Paraná, aproximadamente 1,7 milhão está cadastrado como diabético no Sistema de Informação da Atenção Básica. Cerca de 90% tem diabetes tipo 2 e 10% apresentam diabetes tipo 1, quando são totalmente dependentes de insulina. “O diabetes tipo 2 pode ser prevenido e controlado com dieta (controle glicêmico), atividades físicas e tratamento específico”, afirmou a médica endocrinologista e professora da UFPR, Rosangela Rea.
MORTE - No Brasil, a hipertensão arterial e o diabetes são as principais causas de mortalidade e de internamento, de amputações de membros inferiores. A professora da UFPR, explicou que motivar o paciente para o tratamento desde o início reduz em 76% o risco de cegueira (retinopatia), em 56% o risco de complicações neurológicas, como acidente vascular cerebral, e em 54% o risco de complicações renais. “O diagnóstico deve ser precoce. O emagrecimento rápido e sudorese (excesso de suor) podem ser sintomas de diabetes”, explicou a professora.
A chefe do departamento de Atenção ao Risco – da Secretaria da Saúde, Sidneya Marques, enfatizou que as equipes da Estratégia da Saúde da Família, poderão, com ações comunitárias e individuais, informar a população sobre a prevenção da doença, identificar grupos de risco, fazer o diagnóstico precoce e preparar portadores e famílias para terem autonomia no autocuidado e monitoramento da doença. “Seminários como este são de fundamental importância, pois o portador de diabetes precisa ser visto na sua integralidade”, destacou.
A diretora do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), Deise Regina Pontarolli, explicou que os medicamentos antidiabéticos orais e as insulinas NPH e Regular para o controle do diabetes estão disponíveis na atenção básica, através da rede pública, ou seja, distribuídos pelas secretarias municipais de saúde. “Além dos medicamentos básicos, o Governo do Paraná fornece medicamentos especiais para diabéticos tipo 1 que não respondem às insulinas comuns, de acordo com protocolo clínico estadual estabelecido. Hoje 3.555 pacientes estão cadastrados no Cemepar para recebimento dos análogos de insulina”, disse.

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