Paraná gera 23.197 empregos formais e mantém perspectiva de novo recorde

Resultado de março, divulgado pelo Ministério do Trabalho, só é menor que o alcançado, no mesmo mês de 2008, quando o Paraná alcançou recorde histórico
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15/04/2010 - 12:30
Editoria

O Paraná registrou nova alta na geração de empregos formais em março, com 23.197 contratações. O resultado, divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Ministério do Trabalho, só é menor que o alcançado no mesmo mês de 2008, quando mais de 25 mil pessoas foram contratadas e o Estado alcançou recorde histórico na série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Técnicos da Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social acreditam que a economia está recuperada da crise financeira mundial e preveem novo recorde.
“Pelos nossos cálculos e com base na comparação com os anos anteriores, teremos o melhor ano de geração de empregos formais da história. Para se ter uma ideia, março registrou mais que dobro de contratações do que o mesmo mês de 2007 e estamos em movimento crescente, com resultados positivos e muito significativos”, explicou Fernando Peppes, secretário em exercício do Trabalho, Emprego e Promoção Social. “Nossos empresários estão otimistas e nossa economia segue fortalecida, com ajuda das políticas públicas, como isenção e redução de ICMS para micro e pequenas empresas, maiores salários e melhor distribuição de renda.”
Os números deste primeiro trimestre chegam a 50.818 contratações e se aproximam da marca histórica alcançada em 2008, quando foram abertos 52.132 novos postos de trabalho entre janeiro e março. Em 2009, o resultado do mesmo período foi de aproximadamente 13,9 mil empregos, quase quatro vezes menos.
SETORES – A recuperação da indústria nos três primeiros meses do ano foi marcada pela criação de 17.235 vagas de trabalho, segundo o Caged. Destaque ficou para a produção de alimentos e bebidas, que empregou 3.471 pessoas, e para a fabricação têxtil e de vestuário, com 2.514 contratações. Também contribuíram para o bom desempenho paranaense as atividades industriais ligadas a madeira e mobiliário (2.271 empregos); metalurgia (1.978); borracha, fumos e couro (1.616); e produtos químicos e farmacêuticos (1.490).
O setor de serviços foi o que mais contratou, com 19.393 novos funcionários. Somente as atividades relacionadas a administração de imóveis abriram 9.071 postos de trabalho. No comércio foram 4.160 vagas abertas. A construção civil apresentou a maior variação de empregos, com relação ao número de empregados no mês de fevereiro, alta de 6,71%. Ao todo, foram 8.332 trabalhadores admitidos. Na agropecuária, 2.112 vagas foram abertas no último mês, mas, com as demissões causadas pela entressafra da cana-de-açúcar, o trimestre registra saldo de 1.395 empregos (número de contratações menos demissões).
INTERIOR – Os dados do Ministério do Trabalho mostram que as cidades do interior do Estado foram responsáveis por quase 56% de todos os empregos criados no Paraná: 28.304 postos de trabalho. Já os 26 municípios que compõem a região Metropolitana de Curitiba, criaram cerca de 22,5 mil oportunidades e responderam por 44% do total de vagas.
Entre as cidades com maior número de contratações estão Curitiba (13.362 empregos); Londrina (4.380); Maringá (2.951); Araucária (2.313) e São José dos Pinhais (1.833).
Com o resultado de março, sobe para 2.252.161 o estoque de mão de obra, ou seja, o total de pessoas empregadas com carteira assinada, no Paraná. Destes, 696.954 conquistaram emprego a partir de 2003, início do governo de Roberto Requião e Orlando Pessuti. Para se ter uma dimensão dos números, nos oito anos do governo anterior, o saldo foi de 37.882 empregos.

BOX – DADOS COMPARATIVOS

Geração de empregos no Paraná, por ano
1995: -25.327
1996: -32.805
1997: 7.463
1998: -35.657
1999: -16.549
2000: 28.143
2001: 53.857
2002: 58.857

Saldo do período: 37.882 empregos
2003: 62.370
2004: 122.648
2005: 72.374
2006: 86.396
2007: 122.361
2008: 110.903
2009: 69.084
2010: 50.818 (até março)

Saldo do período: 696.954 empregos

*Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ministério do Trabalho e Emprego.