O investimento em capacitação de servidores se impõe a qualquer governo, mas os programas de qualificação devem preparar quadros para elaborar políticas públicas que reduzam as desigualdades sociais e levar as equipes gestoras a campo para conhecer a realidade de vida das pessoas. Essa foi a principal mensagem que a presidente da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Helena Kerr, procurou transmitir aos 30 alunos do Mestrado Profissional em Políticas Públicas, na aula inaugural do curso ocorrida na tarde desta sexta-feira (21), no Palácio das Araucárias, em Curitiba.
O mestrado é voltado exclusivamente a funcionários públicos estaduais efetivos e é promovido pela Escola de Governo, da Secretaria de Estado da Administração e da Previdência, e pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Helena Kerr está na presidência da Enap – instituição do governo federal – desde 2003. Mestre em Administração Pública e Planejamento Urbano, Helena Kerr atualmente é doutoranda em Economia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Em sua palestra nesta sexta - “Políticas Públicas no Brasil – Desafios e Perspectivas” - a presidente da Enap ressaltou: o curso de mestrado profissional que está sendo oferecido valoriza os servidores, que terão suas habilidades e potencialidades resgatadas, e também a coletividade – já que Estado com quadros mais gabaritados resulta em prestação de serviços mais eficiente. No entanto, enfatizou, a formação só será completa se, além de aprofundarem os conhecimentos teóricos, mergulhando em leituras e tendo contato com as mais diversas referências na área, os alunos forem às ruas.
“Políticas públicas se fazem ouvindo, andando. Não dá para elaborar políticas públicas só dentro de uma sala, com o melhor computador, a banda larga mais veloz, conversar online com os melhores pesquisadores do mundo. Tem que ir para a rua”, afirmou Helena Kerr. “E a questão central das políticas públicas é ter pessoas capazes para enfrentar o desafio de reduzir as desigualdades sociais do Brasil. Os servidores devem ser qualificados para atender às necessidades do nosso país.”
LONGE DO COTIDIANO - A presidente da Enap salientou essa importância do conhecimento prático exemplificando um processo recorrente hoje: o aumento no número de concursos públicos disputados, nos quais estão sendo aprovadas pessoas com excelentes níveis de formação e de competências. Entretanto, geralmente candidatos distantes do cotidiano do cidadão que mais precisa do Estado.
“Em Brasília estamos vendo isso: jovens brilhantes ingressando em cargos valorizados. Jovens viajados, que conhecem Miami, conversam com o mundo todo por meio das novas tecnologias. Mas que não sabem conversar com os beneficiários das políticas públicas, porque não conhecem sua realidade”, disse Helena Kerr.
AMÉRICA LATINA - Ao mesmo tempo que precisam estar por dentro da realidade local, é imprescindível ao servidor público estar ciente do contexto internacional. No Brasil e, na avaliação de Helena Kerr sobretudo no Paraná - por ser um território de fronteira -, faz-se essencial também começar a conhecer e a entender a América Latina.
O mundo contemporâneo, pela crise econômica e pelos efeitos ou ameaças da devastação ambiental, somados à evolução tecnológica que impressiona, traz uma série de incertezas, e conseguir tomar decisões com a urgência necessária, mas eficientes, diante desse cenário, é grande desafio, salientou a presidente da Enap.
“Não dá para pensar em modelos, porque cada problema é único - mesmo que parecidos, envolvem realidades únicas. E não devemos pensar em agenda para o século XXI, e sim no século XXI. 'Para' é para frente, e como definir uma agenda de políticas públicas 'para frente' diante de tantas incertezas?”, propôs à reflexão Helena Kerr.
O mestrado é voltado exclusivamente a funcionários públicos estaduais efetivos e é promovido pela Escola de Governo, da Secretaria de Estado da Administração e da Previdência, e pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Helena Kerr está na presidência da Enap – instituição do governo federal – desde 2003. Mestre em Administração Pública e Planejamento Urbano, Helena Kerr atualmente é doutoranda em Economia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Em sua palestra nesta sexta - “Políticas Públicas no Brasil – Desafios e Perspectivas” - a presidente da Enap ressaltou: o curso de mestrado profissional que está sendo oferecido valoriza os servidores, que terão suas habilidades e potencialidades resgatadas, e também a coletividade – já que Estado com quadros mais gabaritados resulta em prestação de serviços mais eficiente. No entanto, enfatizou, a formação só será completa se, além de aprofundarem os conhecimentos teóricos, mergulhando em leituras e tendo contato com as mais diversas referências na área, os alunos forem às ruas.
“Políticas públicas se fazem ouvindo, andando. Não dá para elaborar políticas públicas só dentro de uma sala, com o melhor computador, a banda larga mais veloz, conversar online com os melhores pesquisadores do mundo. Tem que ir para a rua”, afirmou Helena Kerr. “E a questão central das políticas públicas é ter pessoas capazes para enfrentar o desafio de reduzir as desigualdades sociais do Brasil. Os servidores devem ser qualificados para atender às necessidades do nosso país.”
LONGE DO COTIDIANO - A presidente da Enap salientou essa importância do conhecimento prático exemplificando um processo recorrente hoje: o aumento no número de concursos públicos disputados, nos quais estão sendo aprovadas pessoas com excelentes níveis de formação e de competências. Entretanto, geralmente candidatos distantes do cotidiano do cidadão que mais precisa do Estado.
“Em Brasília estamos vendo isso: jovens brilhantes ingressando em cargos valorizados. Jovens viajados, que conhecem Miami, conversam com o mundo todo por meio das novas tecnologias. Mas que não sabem conversar com os beneficiários das políticas públicas, porque não conhecem sua realidade”, disse Helena Kerr.
AMÉRICA LATINA - Ao mesmo tempo que precisam estar por dentro da realidade local, é imprescindível ao servidor público estar ciente do contexto internacional. No Brasil e, na avaliação de Helena Kerr sobretudo no Paraná - por ser um território de fronteira -, faz-se essencial também começar a conhecer e a entender a América Latina.
O mundo contemporâneo, pela crise econômica e pelos efeitos ou ameaças da devastação ambiental, somados à evolução tecnológica que impressiona, traz uma série de incertezas, e conseguir tomar decisões com a urgência necessária, mas eficientes, diante desse cenário, é grande desafio, salientou a presidente da Enap.
“Não dá para pensar em modelos, porque cada problema é único - mesmo que parecidos, envolvem realidades únicas. E não devemos pensar em agenda para o século XXI, e sim no século XXI. 'Para' é para frente, e como definir uma agenda de políticas públicas 'para frente' diante de tantas incertezas?”, propôs à reflexão Helena Kerr.