“A economia e os profetas do apocalipse”

Artigo assinado por secretário de Estado do Planejamento e Coordenação Geral e professor licenciado do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Enio Verri
Publicação
10/06/2009 - 15:00
Editoria
“A economia e os profetas do apocalipse” Artigo assinado por secretário de Estado do Planejamento e Coordenação Geral e professor licenciado do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Enio Verri Quando o assunto é política e economia, é muito comum ouvirmos os profetas do apocalipse. São aqueles que juram por Deus que o fim do mundo está chegando. Nós tivemos nos últimos dias, um seminário em Curitiba, promovido pelo governo Roberto Requião, sobre a crise econômica. Lá estavam alguns economistas jurando que o mundo tinha acabado, que o governo Lula tinha levado o país à catástrofe final e a miséria era inevitável. Temos também setores da política, principalmente os partidos que fazem oposição radical ao governo Requião e, em especial, ao governo Lula, rezando todos os dias para que a crise fosse maior, para que a situação do Brasil piorasse e, com isso, pudessem viabilizar os seus candidatos, tanto à Presidência da República como ao Governo do Estado. Mas, para a infelicidade dos profetas do apocalipse da economia e da política, a situação é outra. O País continua avançando, rumo a um futuro de certezas. A primeira boa notícia foi divulgada no dia 4 deste mês, quando o IBGE anunciou a produção industrial do Paraná, que recuou 1,4%. Logicamente que isso não é bom. No entanto, se compararmos com o resto do país, vamos perceber que o Paraná, mesmo sentindo os efeitos da crise, reage muito bem, ficando muito acima dos desempenhos de São Paulo (-15,4%), Rio de Janeiro (-9,5%), Minas Gerais (-23,5%), Rio Grande do Sul (-16,4%) e Santa Catarina ( -15%). A outra boa notícia foi o cálculo do PIB (Produto Interno Bruto), que é tudo aquilo que foi produzido no Brasil nestes primeiros meses do ano. Ocorreu uma queda de 0,8%, ou seja, quase nada, se comparado com o mesmo período do ano passado. Não podemos esquecer que, no primeiro semestre de 2008, a economia brasileira estava no auge, crescendo, gerando empregos e renda. O recuo de 0,8% significa que as coisas continuam, no mínimo, como estavam. Enquanto tantos apostavam que estávamos próximos do fim do mundo, que haveria uma queda gigantesca da produção no país, e que a crise só iria aumentar, esses resultados apontam uma coisa importante: a crise está acabando e a economia começa a crescer. E a principal informação é que o PIB somente não recuou mais em função do aumento do consumo doméstico, das pessoas, das famílias, das empresas e do governo. Ou seja, esses setores gastaram mais porque estão ganhando mais. As políticas adotadas pelo governo estão funcionando e, com isso, o círculo virtuoso da economia impulsiona o Brasil ao crescimento. Neste momento, sinto muito pelos profetas do apocalipse, pelos economistas que juravam que o mundo iria acabar, e sinto mais ainda pelos políticos que querem o mal do povo para com isso garantir a sua eleição. * Enio Verri, deputado estadual pelo PT, Secretário de Estado do Planejamento e Coordenação Geral e professor licenciado do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM)