Uma visita do diretor do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) às instalações do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira (5), gerou expectativas em torno de acordos de cooperação e parcerias técnicas para projetos de grande interesse das duas instituições. No dia 20 de janeiro deve ser assinado contrato de início dos trabalhos para o desenvolvimento de equipamento com tecnologia 100% nacional para verificação de variações e alterações da energia gerada pela hidrelétrica, o que é primordial para o perfeito funcionamento dos serviços. “A reunião levantou a possibilidade de projetos de colaboração em assuntos relacionados a questões de meio ambiente, controle de energia e materiais. Discutimos as parcerias que podem ser iniciadas e queremos começar com os estudos relacionados a estes pontos muito em breve”, diz o diretor-superintendente do Lactec, Luiz Malucelli Neto. De acordo com o diretor-superintendente da Fundação Parque Tecnológico Itaipu, Juan Carlos Sotuyo, a reunião sinaliza um bom momento para o desenvolvimento de tecnologias de aprimoramento dos serviços de geração de energia. “O Lactec é referência em pesquisas de questões energéticas. O PTI está crescendo muito, investindo em tecnologia. Temos certeza que esta parceria trará benefícios para as duas instituições”, afirmou. O Parque Tecnológico de Itaipu foi criado em 2003 com o objetivo de fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico e a economia dos três países da região da fronteira de Foz do Iguaçu: Brasil, Paraguai e Argentina. O complexo concentra uma incubadora empresarial, laboratórios de pesquisa e centros de estudos mantidos pro projetos de aprimoramento científico e de apoio ao ensino. O primeiro projeto de parceria entre o Lactec e o PTI prevê o desenvolvimento de um equipamento chamado Osciloperturbógrafo. O gerente da Divisão de Eletrônica do Lactec, Carlos Ademar Purin, explica que o instituto paranaense será responsável pelo hardware e o PTI desenvolverá o software da tecnologia. “A Itaipu tem equipamento semelhantes a este, mas com tecnologia estrangeira, que custa algo em torno de U$50 mil”, afirma. De acordo com Purin o projeto pode possibilitar economia em vários aspectos, não apenas na compra de equipamentos. Um deles é a independência em relação às empresas que fornecem os equipamentos, como acontece com o uso de softwares livres em relação às grandes corporações que detêm as patentes dos sistemas operacionais pra computadores pessoais. “Quando não se domina a tecnologia se mantêm a dependência das matrizes com manutenções e configurações dos equipamentos. O domínio cria condições para que técnicos da Itaipu configurem os programas exatamente dentro das necessidades que a demanda dos serviços exigem”, explica o gerente de departamento do Lactec.