Vice-presidente da Caixa, Jorge Hereda, faz reunião na Cohapar

Hereda informou que na próxima segunda-feira (18) a diretoria da Caixa e os técnicos do Ministério das Cidades apresentarão ao presidente Lula detalhes sobre a operacionalização dos programas habitacionais no âmbito do PAC.
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15/06/2007 - 15:48
Editoria
O vice-presidente de Desenvolvimento Urbano da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, reuniu-se nesta sexta-feira (15) com o presidente da Companhia de Habitação do Paraná, Rafael Greca, para conhecer os detalhes dos projetos socioambientais desenvolvidos pela Companhia para inclusão no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Durante a reunião de trabalho na Cohapar, Hereda detalhou ao presidente da Companhia que a União repassou nesta semana R$ 5,2 bilhões à Caixa para financiamento de obras de saneamento básico e habitação popular previstas no PAC. Para Hereda, esse montante vai aumentar o capital do banco para operações nos estados e municípios. “A Caixa terá maior capacidade para contratar empreendimentos habitacionais e de saneamento ambiental junto ao poder público”, comentou o vice-presidente da Caixa Econômica Federal. As operações de crédito deverão considerar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios contemplados, nos termos definidos pelo Ministério das Cidades. Na próxima segunda-feira (18) a diretoria da Caixa e os técnicos do Ministério das Cidades apresentarão ao presidente Luís Inácio Lula da Silva detalhes sobre a operacionalização dos programas habitacionais no âmbito do PAC. No total, o PAC Habitacional do Paraná quer atender a 34.627 famílias, distribuídas nas nove maiores cidades do estado, nos 28 municípios da Grande Curitiba e em mais 139 localidades do interior. Rafael Greca enfatizou a importância dos projetos socioambientais elaborados pela Cohapar para inclusão no PAC. “Nossos projetos sociais de habitação com preservação ambiental terão grande impacto na vida das pessoas, com a preservação das fontes de abastecimento de água e com o desenvolvimento de uma política habitacional para as populações mais carentes do Estado”, explicou Greca. O PAC Habitacional é um programa que têm como linha principal criar ações estruturantes em ocupações próximas aos rios, para preservar as fontes de abastecimento de água e desenvolver uma política habitacional para as populações mais carentes. A Caixa, agente financeiro de projetos de habitação e saneamento, realiza mudanças em sua estrutura para atender a procura por financiamentos previstos no PAC. A vice-presidência de Desenvolvimento Urbano e Governo passará a contar com novas gerências. A de Mercado será desmembrada para a criação da de Habitação de Interesse Social, e a Gerência Nacional de Assistência Técnica será criada para auxiliar os prefeitos a elaborarem projetos apresentados ao banco. A União empenhou R$ 1,9 bilhão para investimentos em projetos do PAC no primeiro quadrimestre. A meta até o fim do ano, de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é investir R$ 15 bilhões no PAC. A previsão do Governo Federal para investimento para habitação e saneamento no PAC é de R$ 146,4 bilhões até 2010. Rendas diferentes - Outra proposta apresentada ao vice-presidente da Caixa pelo presidente da Cohapar foi a inclusão de famílias com rendas diferentes em um mesmo empreendimento habitacional. Atualmente, nos conjuntos habitacionais, as famílias situam-se na mesma faixa de renda. “Pessoas com classes sociais diferentes podem conviver harmonicamente na mesma rua”, disse Greca. O banco deve avaliar a proposta da Cohapar nos próximos dias. Projetos para o Paraná -Os projetos habitacionais que o Paraná propõe para o PAC têm como linha principal a criação de ações em ocupações próximas aos rios, para a preservação das fontes de abastecimento de água. Como exemplo, o presidente da Cohapar cita “as tristes favelas do aeroporto de Jacarezinho, ou da fronteira entre os rios Iguaçu e Paraná, em Foz do Iguaçu, ou ainda as palafitas do Anhaia, junto ao Porto de Paranaguá, e mesmo em Sarandi, na periferia de Maringá. E ainda no córrego do Sem Dúvido, em Londrina. Há também exclusão social em povoações quilombolas e no Vale do Ribeira, e em remanescentes de populações indígenas na região de Mangueirinha”. Para Greca são nestas regiões que o Estado deve criar condições para o desenvolvimento.