Vice-governador entrega 99 casas em Ampére e Realeza

Orlando Pessuti e Rafael Greca, presidente da Cohapar, ressaltaram a importância da moradia como prioridade de Governo
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06/09/2007 - 17:10
Editoria
O vice-governador Orlando Pessuti e o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, entregaram nesta quinta-feira (6) as chaves de 99 casas nos municípios de Ampére e Realeza, no Sudoeste do Estado. “Nesta semana em que se comemora a independência do Brasil também estamos comemorando a independência destas famílias, que passam a ter uma vida com cidadania”, enfatizou Pessuti. Das 99 unidades habitacionais, 53 casas beneficiam famílias do município de Ampére, no Residencial Ampére, que recebeu recursos de R$ 633 mil. “O governo do Estado valoriza moradia e habitação como prioridades. Acima de tudo, a casa representa a integração e a harmonia da família. Esteja onde estiver é sempre o lugar para onde voltamos”, afirmou o vice-governador. Ao se despedir da população de Ampére, o presidente da Cohapar deu esperança aos que não conseguiram casa nesta etapa. “Vamos fazer novas casas e quem não recebeu as chaves agora vai poder recebê-las em breve. Até o final do ano, a Cohapar vai entregar chaves a 150 novos bairros em todo o Paraná. No próximo ano esperamos fazer muito mais com os recursos do Plano de Aceleração do Crescimento”, completou Greca O prefeito de Ampére, Roberto Dettoni, agradeceu o Governo do Estado pela colaboração com o desenvolvimento do município. “O programa habitacional do governo estadual vem ajudando muito nossas cidades e a população que mais precisa. Sem essa parceria não seria possível realizar esse trabalho. Já estamos nos programando para conseguir novas áreas e iniciar a construção de mais moradias no próximo ano”. Terezinha Rossatto Brum, 54 anos, e o marido, Juvenil Brum, vão morar com quatro dos sete filhos. O casal, que trabalhou muitos anos na lavoura, teve que abandonar o campo por causa de do problema de saúde que fez com que Juvenil fosse aposentado por invalidez. “Nossa vida mudou muito depois disso. Na cidade tudo é muito difícil”, desabafou Terezinha. Mesmo sendo contemplados pelos benefícios sociais dos programas do governo do Estado, como a Tarifa Social da Sanepar e o Luz Fraterna, da Copel, o aluguel mensal de R$ 60,00 na pequena casa de duas peças pesava no orçamento. “Temos uma vida difícil, mas agora parece que as coisas vão melhorar. Sempre tive esperança de ter uma casa de verdade e entendo que este governo é o melhor e realmente olha pelos mais pobres. Sou testemunha disso e nunca vou esquecer tudo que ele tem feito. Graças a este governo, temos essa oportunidade de realizar nosso sonho e viver com mais conforto e segurança”, disse Terezinha. Ela não escondia a ansiedade por mudar para a nova moradia, onde as prestações serão de R$ 38,00, por um período de seis anos. REALEZA – No final da tarde desta quinta-feira (6), Pessuti e Greca entregaram mais 46 casas em Realeza, construídas no Residencial Araxá, bairro Primavera, que recebeu investimentos de R$ 550 mil. Das 46 unidades habitacionais, 21 serão destinadas às famílias que vivem em situação de miséria e risco em uma ocupação irregular denominada Britador, localizada ao lado de uma pedreira. Antes da entrega das chaves, o presidente da Cohapar visitou o local e ficou impressionado com a situação em que estão vivendo as famílias. “Já vi muita coisa triste, mas nada comparado a isso”, lamentou. Para onde as famílias vão já está projetada a construção de posto de saúde, escola e creche para atender as 46 famílias e mais 100 outras que moram na região. O prefeito de Realeza, Eduardo André Gaievski, enfatizou a cidadania que está sendo levada a estas famílias. “Temos acompanhado as dificuldades enfrentadas por estas famílias e, agora, graças ao Governo do Estado, temos orgulho em tirá-las destes locais e levar dignidade a elas. Já estou com pedido protocolado para a construção de outras casas iguais a essas e esperamos, em breve, acabar com essa situação de miséria”. A dona de casa Pedrolina de Fátima Laurentino, 51 anos, uma das beneficiadas com o programa de habitação popular da Cohapar, se emocionou ao cumprimentar Rafael Greca. Pedrolina, viúva, criou cinco filhos sozinha, e já morou em diversos lugares na luta pela sua sobrevivência e de seus filhos. “Agora ninguém mais vai me incomodar. Não ter onde morar é a pior coisa do mundo. Agora tenho a minha casa”, disse. CIDADANIA – Em situação precária há nove anos, Santina Venâncio, 50 anos, conta que cria o neto de dois anos com R$ 50,00 que recebe do programa Bolsa Família, do Governo Federal, e meia cesta básica doada pela Prefeitura. “Mesmo proibida de fazer esforço, fui catar lixo reciclável para juntar dinheiro e paguei a primeira prestação, de um pouco mais de R$ 30,00. Esta semana, me senti dona da minha casa. Não vejo a hora de mudar e já plantei grama e fiz um canteiro na casa nova”. Emocionada, Santina falou sobre a expectativa da mudança. “Devo essa nova vida ao governador Roberto Requião. Quando não tinha mais esperança, vi que Deus existe, porque nos trouxe um homem que pensa de verdade nos mais pobres. Até meu sono vai melhorar, porque sei que vou dormir num lugar seguro e com comodidade. Aqui, cada vez que chove a gente fica com muito medo da casa não agüentar”. Leodir da Cruz de Góes, 25, e a esposa Carmelinda Mendonça, 20, têm um filho de quatro anos e esperam a chegada de mais um, morando em um barraco de apenas uma peça. O sustento da família é feito com a renda de Leodir, que trabalha como agente ambiental, recolhendo lixo reciclável. “Não tenho salário fixo. Às vezes recebo até R$ 150,00, mas este mês fiquei doente e recebi só R$ 50,00”, comentou. A esposa do agente ambiental não escondia a felicidade ao falar sobre a nova moradia. “Parece mentira que vamos mudar daqui”, entusiasmou-se. “Já plantamos grama e flores na nova casa. Agora sim, vamos ter uma casa de verdade. Vamos começar outra etapa da nossa vida e esquecer tudo que já sofremos aqui”, disse Carmelinda, em referência à situação que passaram durante a última chuva, quando tiveram que pedir ajuda aos vizinhos para evitar que o barraco caísse. “Agora isso não vai mais acontecer.” CAUÇÃO E HIPOTECA - A modalidade caução permite que famílias com renda entre um e dois salários possam ter sua moradia. As casas possuem subsídios dos governos Federal e Estadual e são pagas em prestações que não ultrapassam 12,5% da renda familiar, em seis anos, o que equivale a 72 parcelas. Todas as unidades são construídas em alvenaria, possuem 40 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha com pia, banheiro com chuveiro instalado, uma pequena varanda, uma área de serviço com tanque. A modalidade de hipoteca é um sistema totalmente financiado pela Caixa Econômica Federal, que permite a aquisição da casa própria para famílias com renda que variam entre três e cinco salários mínimos e não ultrapassam 20% da renda familiar. São casas que vão de 44 a 63 metros quadrados, com dois ou três quartos, sala, cozinha, banheiro, varanda e área de serviço. Os mutuários podem pagar em parcelas que vão de 18 a 20 anos. Em qualquer das modalidades, os empreendimentos são realizados em parcerias que envolvem a Caixa Econômica Federal, responsável pelos recursos, as prefeituras que realizam a infra-estrutura e a doação das áreas, e o governo do Estado, através da Cohapar que fica com o controle das construções. PREFEITOS – Greca se reuniu com prefeitos da região onde expôs os programas da Cohapar e disse que espera que em breve venham recursos para atender casas da família rural e que segundo o pronunciamento de Lula quando veio assinar o PAC, já está sendo avaliado investimentos do PAC para comunidades indígenas, rurais e quilombolas. Ainda na quinta feira, o presidente da Cohapar, Rafael Greca, participou de uma reunião com os prefeitos e lideranças políticas da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (AMSOP), onde fez a apresentação dos programas que estão sendo desenvolvidos pela companhia.

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