O vice-governador Orlando Pessuti disse nesta terça-feira (10) que o setor sucroenergético se tornou de extrema importância ao Paraná porque alçou o Estado como segundo produtor nacional de açúcar e álcool, além de gerar emprego e renda para 80 mil paranaenses. “É um setor que tem dado uma contribuição importante e tem sido parceiro na construção de políticas públicas nas áreas social, econômica e ambiental”, disse Pessuti ao mediar o painel “A importância do etanol na matriz energética brasileira e no desenvolvimento do Paraná”, em seminário realizado na Assembleia Legislativa.
Pessuti participou do encontro “O setor sucroenergético: construindo uma agenda positiva”, convocada pelo deputado Alexandre Curi (PMDB), 1º secretário do legislativo. “Nessa questão, precisamos avançar ainda do ponto de vista social, ambiental, econômico, fiscal e tributário, mas o setor sucroalcooleiro é um bom parceiro do Paraná porque gera R$ 600 milhões em tributos ao Estado”.
LIDERANÇA - O presidente da Alcopar (Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná), Anísio Tormena, disse que o Brasil vai se tornar o maior produtor de álcool do mundo, ultrapassando os EUA que ocupa hoje a liderança do setor. Tormena avalia que o Brasil já ocupa o topo do ponto de vista tecnológico e que fatores como clima, topografia, logística e mão de obra vão contribuir para liderança mundial na produção de etanol como combustível.
O seminário reuniu importantes nomes dos setores público e privado do Paraná. Além de Pessuti, participaram os secretários estaduais Valter Bianchini (Agricultura), Rasca Rodrigues (Meio Ambiente), o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko; e o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Sidney Meneguetti.
EMPREGO E RENDA - O evento faz parte de uma ação nacional da cadeia produtiva sucroenergético que vem realizando fóruns para mostrar a importância do setor para o país. “Somos um setor que gera só no Paraná 80 mil empregos diretos e outros 500 mil indiretos. Além disso, somos responsáveis pela geração de R$ 600 milhões por ano em tributos para o Estado”, disse Anísio Tormena. A primeira reunião aconteceu em Brasília, em outubro, e depois do Paraná, será realizada em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
O presidente da Alcopar estima que o Brasil deve produzir este ano 30 bilhões de litros de etanol, enquanto nos Estados Unidos esta produção deverá ser 15% maior. Mas, segundo ele, o Brasil tem condições de ganhar a liderança da produção mundial nos próximos anos.
PRODUÇÃO - Um dos fatores que podem contribuir para este avanço seria o aumento da área plantada de cana-de-açúcar, matéria-prima usada no Brasil na produção do etanol. “O Brasil tem hoje 7 milhões de hectares de área plantada de cana, mas há ainda outros 63 milhões de hectares disponíveis para esta cultura”, disse.
O Paraná é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar e de etanol do país. No Estado há hoje 600 mil hectares de áreas ocupadas pela cana-de-açúcar e outros 3 milhões disponíveis para o mesmo plantio. Ao todo, 132 municípios paranaenses possuem lavouras de cana.
COMBUSTÍVEL VERDE - Para Tormena, a conquista de novos mercados é fundamental para o aumento da produção e isto pode acontecer em função do aumento do consumo de carros que usam o álcool como combustível em todo o mundo. “Hoje, 95% dos veículos que circulam no planeta usam combustível fóssil. Apenas o Brasil e Estados Unidos utilizam o etanol como combustível”, explica.
Tormena acredita que o grande salto acontecerá quando países como a China e a índia, por exemplo, que possuem metade da população do planeta, passarem a consumir carros flex. Hoje, no Brasil os veículos que usam gasolina e álcool somam 36% da frota.
Participaram ainda do seminário os deputados Luiz Eduardo Cheida (PMDB), Luiz Claudio Romanelli (PMDB), Fernando Scanavacca (PDT), Luiz Nishimori (PSDB), Augustinho Zucchi (PDT), Dr. Batista (PMN), Rosane Ferreira (PV) e Stephanes Júnior (PMDB).
Vice-governador destaca importância da cana-de-açúcar na economia do Paraná
Para Orlando Pessuti, o setor sucroenergético se tornou de extrema importância ao Paraná porque alçou o Estado como segundo produtor nacional de açúcar e álcool, além de gerar emprego e renda para 80 mil paranaenses
Publicação
10/11/2009 - 19:10
10/11/2009 - 19:10
Editoria