Verba do Provopar torna possível reforma de ala de neurocirurgia do Hospital de Clínicas

Com projeto original datado de 1949, o setor nunca tinha passado por reforma. As obras entregues nesta terça-feira (20) por Lucia Arruda custaram R$ 210 mil
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20/12/2005 - 16:02
Editoria
Ao descerrar a placa em sua homenagem no hall de entrada do setor de neurocirurgia do Hospital de Clínicas de Curitiba, a presidente do Provopar Ação Social, Lucia Arruda, reafirmou que a instituição tem deixado a prática do assistencialismo de lado e investido em projetos de geração de renda e que atendam a comunidade paranaense, como é o caso daquele hospital, por onde passam diariamente cerca de 15 mil pessoas. Ali são feitas cerca de 1 milhão de consultas/ano, de 1.200 a 1.600 internações/mês e em torno de 900 cirurgias/mês. Segundo ela, o Provopar investiu R$ 210 mil na reforma, tanto da estrutura física quanto do mobiliário, do setor de neurocirurgia, que passa a contar com 18 leitos. O projeto original data de 1949 e, desde então, o setor nunca passou por uma reforma de grande porte como a atual. “Para se ter uma idéia havia banheiros só nos corredores. Fizemos um banheiro para cada dois quartos e trocamos esquadrias, pisos, tetos e iluminação. Tudo isso faz com que tenhamos condições de atender nossos pacientes com mais carinho e especialmente com muito mais higiene”, disse o médico Giovanni Loddo, diretor geral do HC. Ele garante que a ajuda financeira do Provopar foi fundamental para a reforma daquela ala do hospital. “Sem este auxílio a reforma não seria feita, porque o hospital não tem condições financeiras. Os recursos que temos são insuficientes até mesmo para o nosso custeio. Portanto, quero agradecer a presidente do Provopar, Lucia Arruda, que sensibilizada pela situação caótica do setor de neurocirurgia possibilitou a realização de um sonho de muitos anos”. O médico Marlus Sidney Moro, chefe do setor de neurocirurgia do HC, criticou o Governo Federal pelo desinteresse na liberação de recursos para reformas, compra de equipamentos e contratação de pessoal para o setor de saúde. “Por força desta omissão ministerial, passamos a contar com o esforço de voluntários, como o Provopar e a Associação dos Amigos do Hospital de Clinicas. “Essa reforma era um desejo de muitos anos e que só não foi feita antes por absoluta falta de recursos. Felizmente, esse ano, com o apoio da presidente do Provopar, estamos concretizando esse desejo, através do qual daremos mais atenção e cuidados aos nossos pacientes”. O reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Augusto Moreira Junior, fez questão de relembrar recente discurso do governador Roberto Requião, onde deixou claro que “não teme investir em nossa universidade, porque sabe que aqui os recursos são bem aplicados e com ótimo retorno a população”. Ao mesmo tempo destacou o esforço da atual diretoria do hospital, que nos últimos quatro anos transformou aquele local num verdadeiro “canteiro de obras”. “Existem duas maneiras de se vencer a crise. Uma é chorando, a outra vendendo lenços. A direção do Hospital de Clinicas optou por “vender lenços” e vem fazendo isso com muita propriedade”, disse o reitor, que não deixou de destacar o importante papel de Lucia Arruda na reforma da ala de neurocirurgia. “Essa ajuda foi fundamental. Sem o Provopar, teríamos que adiar o plano de reforma”, concluiu. Estiveram presentes ainda na entrega das obras de reforma da ala de neurocicurgia do HC nesta terça-feira (20) pela manhã a coordenadora de Assistência Social do Provopar, Iva Sandra de Morais, o diretor do setor de Ciências da Saúde, Rogério Andrade Mulinari, e Fernando Miranda, ex-presidente da Associação dos Amigos do Hospital de Clinicas, entre outros.