Vendas de minerais não-metálicos têm crescimento de 31% no Paraná

Aquecimento do setor da construção civil, crescimento da safra de grãos e as vendas de máquinas agrícolas foram os responsáveis pelo desempenho
Publicação
11/05/2007 - 09:20
Editoria
O aquecimento do setor da construção civil, o crescimento da safra de grãos e as vendas de máquinas agrícolas foram os responsáveis pelo desempenho positivo do setor de minerais não-metálicos do Paraná no primeiro trimestre do ano. Segundo pesquisa Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), as vendas do setor cresceram 31,71% dentro do Estado em comparação com igual período em 2006. Em relação aos outros setores pesquisados, as vendas das indústrias de minerais não-metálicos aumentaram em 20,38% no primeiro trimestre do ano, só perdendo para o setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios, que teve uma alta de 28,93%. Na pesquisa da Fiep, foram levados em conta os não-metálicos cal, cimento, cerâmica e louça. O economista do Departamento Econômico da entidade, Roberto Zurcher, avalia que a baixa dos juros e o incentivo ao financiamento da casa própria aqueceram o setor de construção civil, cujos materiais compõem-se de minerais não-metálicos. Ele explica também que a produção de grãos do Paraná para a safra 2006/2007, reavaliada em 30.031 milhões de toneladas de grãos pela Secretaria de Estado da Agricultura - 29% superior à safra anterior – impulsionou as vendas de calcário. Além disso, ele cita as vendas de máquinas agrícolas que cresceram 24,03% no primeiro semestre do ano, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. As vendas de minerais não-metálicos no mês de março no Paraná também merecem destaque, com um saldo positivo de 93,28%, superando os outros setores, como o de Material Eletrônico e de Comunicação, que ficou em segundo lugar, com 85,37%. Segundo o economista da Fiep, esse ranking favorável aos não-metálicos se deve à normalização das atividades das indústrias neste mês do ano. No fim de 2006 e começo de 2007, muitas empresas pararam para a manutenção. Nesse período, as vendas do setor caíram 8,96% em fevereiro, 21,63%, em janeiro, e em dezembro de 2006, 5,89%.