A Usina Fundão foi autorizada pela Aneel a operar comercialmente sua primeira unidade geradora de 60 megawatts a partir de 22 de junho. A segunda unidade, em fase final de montagem, deve entrar em operação comercial em agosto próximo. Toda a eletricidade gerada na usina é entregue à Copel Distribuição, subsidiária integral da Copel, responsável pelo atendimento direto a quase 3,3 milhões de ligações no Paraná. A energia gerada na PCH será comercializada no mercado livre.
A barragem da hidrelétrica está situada na divisa dos municípios de Pinhão e Foz do Jordão (margem onde estão instaladas a casa de força principal e a PCH incorporada à barragem). A tecnologia construtiva empregada é o concreto compactado com rolo – um concreto que dispensa armações e ferragens internas e demanda menor quantidade de cimento.
O maciço tem comprimento de 446 metros na crista, altura máxima de 42,5 metros – o equivalente a um edifício de 14 andares e volume de 160 mil metros cúbicos. As vazões excessivas são escoadas por cima da barragem, no sistema de soleira vertente, por uma estrutura com 250 metros de extensão e capacidade máxima de descarga de 7.227 metros cúbicos por segundo de água – quase cinco vezes a vazão normal das Cataratas do Iguaçu.
O reservatório, formado em maio de 2006, tem apenas 2 quilômetros quadrados de superfície e tem a função de regularizar as vazões a serem turbinadas na casa de força. A casa de força da Usina Fundão, do tipo abrigada, está equipada com duas unidades geradoras de 60 megawatts de potência nominal e turbinas do tipo Francis.
Da barragem até a câmara de carga, a água percorre um túnel de baixa pressão com 3.660 metros de comprimento e 9,4 metros de altura, com inclinação de 0,2%. Da câmara de carga partem dois condutos forçados revestidos de concreto e aço, com 270 metros de comprimento e 4 metros de diâmetro cada.