Usina recebe o nome do ex-governador José Richa

As obras para construção da hidrelétrica em Salto Caxias começaram no primeiro governo de Roberto Requião
Publicação
22/07/2004 - 00:00
Editoria
A hidrelétrica da Copel em Salto Caxias, no Sudoeste do Paraná, inaugurada em 1999, está sendo rebatizada como Usina Governador José Richa. É uma homenagem do governador Roberto Requião ao ex-governador que administrou o Paraná entre 1983 a 1986. Requião assinou o decreto determinando a mudança de nome no último dia 21 e a medida passa a ser válida após publicação no Diário Oficial do Estado. As obras da hidrelétrica de Salto Caxias começaram na primeira gestão do governador Requião. A usina, situada no rio Iguaçu, entre os municípios de Capitão Leônidas Marques e Nova Prata do Iguaçu, foi a quinta e última construída ao longo da bacia. Ela se destaca como a terceira maior da Copel, menor apenas que as de Foz do Areia e de Segredo. O governador Roberto Requião decidiu pela construção quando a diretoria da Copel, na época, vislumbrou a necessidade de ampliar a produção de energia elétrica. A obra custou mais de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 307 milhões corresponderam a financiamentos da Eletrobras. O restante foi investimento da companhia paranaense. A usina gera 1.240 megawatts de potência, que corresponde a cerca de um terço da capacidade total de geração de energia da Copel. Dimensão - Para se ter uma idéia da dimensão, a hidrelétrica pode atender 4 milhões de pessoas. O período de execução das obras foi marcado pelo respeito aos programas ambientais e sociais determinados pelo Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da época. Cerca de 25% dos recursos investidos na obra corresponderam ao custo dos programas voltados a reduzir os impactos ambientais e sociais. A construção se tornou referência no setor elétrico brasileiro, justamente pela preocupação em evitar danos ao meio ambiente e à população que morava e trabalhava em torno do rio na região. Eram cerca de 600 famílias. Foi a primeira usina brasileira a seguir a legislação ambiental e também a indenizar todas as propriedades um ano antes de ter formado o seu reservatório. A tecnologia de construção utilizada também foi destaque na época. A Copel utilizou concreto compactado com rolo, que permitiu reduzir o uso de cimento na obra dispensando ferragens internas. Além disso, possibilitou o trabalho em condições de umidade. Outro benefício foi a atenção dada ao sistema viário e rural e ainda ao turismo, segurança, educação e saúde nos nove municípios que tiveram áreas alagadas pelo lago.