O governo federal autorizou a construção da primeira obra do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) no Paraná. O contrato de concessão da hidrelétrica de Mauá, nos Campos Gerais, foi assinado, em Brasília, nesta terça-feira (03), pelo ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman. A usina será construída pelo consórcio Cruzeiro do Sul, que reúne Copel (51%) e Eletrosul Centrais Elétricas (49%). As obras, que dependiam da assinatura do contrato, devem começar neste semestre e a unidade entra em funcionamento em janeiro de 2011.
A Usina de Mauá aproveita o trecho do Rio Tibagi, entre Ortigueira e Telêmaco Borba, e terá potência instalada mínima de 350 megawatts (MW). Uma PCH (pequena central hidrelétrica), agregada ao empreendimento, adicionará potência de 12 megawatts, totalizando 362 megawatts. A hidrelétrica terá capacidade para fornecer eletricidade a uma cidade de quase 1 milhão de habitantes.
O reservatório da usina terá 80 quilômetros de extensão e 96 quilômetros quadrados de superfície. A barragem terá cerca de 700 metros de comprimento e 85 de altura máxima, empregando a tecnologia de concreto compactado com rolo. O volume total do maciço será da ordem de 580 mil metros cúbicos.
PAC – O contrato foi assinado pelos diretor e diretor-adjunto de geração da Copel, Raul Munhoz Neto e Élzio Batista Machado. De acordo com o presidente da Copel Rubens Ghilardi, o investimento gira em torno de R$ 950 milhões. Aproximadamente 20% do custo estimado da usina de Mauá, cerca de R$ 160 milhões, serão destinados a programas sociais e ambientais.
“Os recursos do BNDES são essenciais para a viabilidade do projeto”, disse Ghilardi, sobre a inclusão da obra no PAC. Conforme o Ministério de Minas e Energia, além da usina de Mauá, também foi assinada a concessão para a hidrelétrica Dardanelos (MT), e as duas integram o Programa de Aceleração do Crescimento.
Outras hidrelétricas previstas para o território paranaense incluídas no PAC e que devem ser construídas são as usinas do Baixo Iguaçu, no trecho final do Rio Iguaçu, que está em processo de licenciamento ambiental para ser licitada, Jataizinho, Cebolão e Telêmaco Borba – as três no Rio Tibagi – que estão em fase de estudos.