Universidades públicas locais têm prioridade na execução de concursos públicos

UEL e UFPR são parceiras nos processos seletivos que estão em andamento no Poder Executivo
Publicação
09/07/2005 - 06:00
Editoria
Ao investir no quadro de pessoal, ampliando o efetivo por meio de concursos públicos, o governo do Paraná vem priorizando a participação das universidades públicas locais na realização dos processos seletivos. Todos os quatro abertos em maio último pela Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap), por exemplo, são tocados em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL). Também com a UEL, a Seap e a Secretaria da Educação (Seed) fizeram, em tempo recorde, o concurso para quase 10 mil vagas no magistério, no final do ano passado. A Universidade de Londrina executou ainda testes seletivos do Instituto de Ação Social do Paraná (Iasp) e da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). O concurso para o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), em andamento, também está nas mãos da UEL. Com a UFPR – A Universidade Federal do Paraná (UFPR) é outra instituição pública de ensino superior parceira. O Núcleo de Concursos da UFPR tem hoje, sob sua responsabilidade, o concurso para a Copel, aberto em abril. E, além desse, mais outros dois, lançados pela Seap em janeiro de 2004, têm a UFPR na execução: um para 1.213 vagas de agente penitenciário e um para 450 vagas, em diversas áreas, para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Investimento - As parcerias acabam se tornando, indiretamente, um investimento nas universidades, conforme a avaliação do professor Luiz Rogério Oliveira da Silva, responsável pela Coordenadoria de Processos Seletivos (Cops) da UEL. O caso da própria UEL é uma mostra disso. A Cops foi criada em 2003 e, até então, a maior experiência da Universidade de Londrina, na área de processos seletivos, era com o vestibular. Com a realização de concursos para outras instituições do governo do Estado (Seap, Seab, Iasp, Tecpar), o “portifólio” (serviços realizados) aumentou e a UEL cada vez mais se aprimora na área de processos seletivos. “A Cops é um órgão novo, com menos de dois anos, e nesse período a experiência da Universidade cresceu muito. O concurso para o magistério, em 2004, foi um bom exemplo de sucesso. Praticamente não tivemos problemas, e o concurso foi grande, feito em pouco tempo: em três meses, aplicamos 34 provas e fizemos 8 mil exames [médicos]”, conta o professor Luiz Rogério. Concurso atual é bem maior - Os quatro concursos da Seap que a UEL está tocando atualmente (dois para o Detran, um para o Ipardes e um para a educação) são mais gigantescos ainda. “O número de candidatos (64 mil) é o dobro do magistério; serão provas em 18 cidades, e o outro foram em 14. E faremos ainda a avaliação de títulos: são 40 mil casos para serem avaliados”, ressalta o coordenador. A equipe é enxuta. São 13 funcionários efetivos (quatro deles professores, incluindo o próprio Luiz Rogério) e seis temporários. No dia da prova (7 de agosto), são convocados os demais servidores da UEL e funcionários das escolas onde haverá aplicação do teste.