O Laboratório de Aqüicultura da Faculdade Estadual Luiz Meneguel de Bandeirantes, agora integrada à Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), será transformado num centro de pesquisa e desenvolvimento de espécies nativas de peixes. A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior vai investir R$ 300 mil para criar o Núcleo de Ensino e Pesquisa em Aqüicultura. O projeto também será beneficiado com o convênio que será assinado nesta sexta-feira (4), em Bandeirantes, com a empresa Duke Energy, administradora de oito usinas hidrelétricas no rio Paranapanema. Fundada em 2006, a Uenp tem cinco campi - três em Jacarezinho, um em Bandeirantes e um em Cornélio Procópio. De 2003 a 2006, o Governo do Paraná investiu mais de R$ 1 milhão na infraestrutura da Uenp. Está previsto um investimento de R$ 847,6 mil em 2007; de R$ 979,4 mil em 2008 e de R$ 1,1 milhão em 2009. A UENP tem 6.521 alunos em 22 cursos de graduação e 842 estudantes em 17 cursos de pós-graduação. A instituição mantém 334 docentes e 141 agentes universitários. A empresa Duke Energy vai transferir à Uenp a administração e a operação da Estação de Hidrobiologia e Aqüicultura de Salto Grande, durante quatro anos, prorrogáveis por mais quatro. O objetivo, segundo a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, é formar técnicos que ajudarão na capacitação de especialistas de nível secundário e superior. Ficarão sob a responsabilidade da Uenp equipamentos, reagentes, vidrarias e o estoque de reprodutores. Piracanjubas, dourados, barbados, pintados, jaús, cacharas, pacús, corimbás e piaparas estão entre as espécies nativas que serão melhor estudadas nos cursos de Agronomia, Medicina Veterinária e Biologia, para posterior repovoamento dos rios paranaenses. “A transferência de matrizes nativas trará grandes benefícios para o ensino superior público do Paraná, principalmente do ponto de vista da pesquisa e do desenvolvimento”, afirma a secretária Lygia Pupatto. Segundo o vice-diretor da faculdade, Robinson Osipe, essa parceria vai permitir a criação de novos cursos de graduação e de pós-graduação. Outro ponto positivo apontado por ele é uma maior aproximação entre a instituição e as comunidades que se beneficiam da biodiversidade dos reservatórios do Paranapanema. “A Duke Energy reconhece que a vanguarda do conhecimento reside nas instituições de ensino superior e que a instituição tem se destacado no ensino de ciências biológicas e agrárias na bacia do Paranapanema”, afirma o vice-presidente da empresa, Laine Powel.