Unioeste e Unicentro avaliam programa Universidade Sem Fronteiras

O encontro foi importante porque permitiu avaliar os impactos que os projetos produziram dentro e fora das universidades
Publicação
01/12/2010 - 17:40
Editoria
A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino superior (Seti) realizou na última terça-feira (30) mais encontros de avaliação do Programa Universidade Sem Fronteiras na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).
O evento realizado no Oeste do Estado reuniu cerca de 100 pessoas, entre professores, coordenadores, bolsistas de graduação e profissionais recém-formados dos 40 projetos do programa desenvolvidos pela instituição. As discussões foram feitas em grupos divididos por subprogramas: Agroecologia familiar; Apoio às licenciaturas; Ações de apoio à saúde; Direitos sociais; e Diálogos culturais. “Desta forma os bolsistas puderam interagir, discutir e refletir sobre o aprendizado obtido com o Universidade Sem Fronteiras”, explicou o professor e coordenador do evento, Wilson Zonin, pró-reitor de Extensão da Unioeste.
Segundo o reitor da Instituição, Alcibíades Luis Orlando, o encontro foi importante porque permitiu avaliar os impactos que os projetos produziram dentro e fora da universidade. “Por muitos anos, a universidade ficou fechada dentro de seus próprios muros”, afirmou. “Mas o ‘Universidade Sem Fronteiras’ criou novas possibilidades de integração entre o ensino e a pesquisa”.
AVALIAÇÕES - O professor Adilson Alves, coordenador do projeto “Desenvolvimento das cooperativas de agricultura familiar e economia solidária do Estado do Paraná”, destacou a diversidade das áreas do conhecimento que atuam em um mesmo projeto. “Quando vamos para campo, percebemos que as necessidades dos agricultores familiares, por exemplo, são muito parecidas. E isso também mostra que, quando se faz um trabalho assim, não existe uma hierarquia de saberes. O direito se mostra tão importante quanto a História ou a Medicina”, comentou.
Para o professor Selmo Bonatto, coordenador do projeto “O desenvolvimento de programa de apoio ao micro e pequeno empresário da periferia das cidades de abrangência da AMIC”, o maior destaque foi a melhoria da qualidade das ações desenvolvidas pela comunidade. “Percebemos que a geração de trabalho e renda teve um saldo extraordinário depois da implantação dos projetos, o que nos deixa muito satisfeitos e com sensação de dever cumprido”.
O pró-reitor de Extensão Wilson Zonin lembrou que o encontro foi uma forma de promover um diálogo entre os projetos e de registrar as experiências dessa fase final do programa, já que no próximo ano o programa pode ter novos direcionamentos. “São vários os resultados obtidos, mas três são concretos: a popularização da Universidade, os novos conhecimentos adquiridos com a extensão, e a contribuição com a formação cidadã dos universitários”, salientou.
UNICENTRO - Durante o evento realizado em Guarapuava, foram realizadas mesas-redondas sobre extensão, apresentação de trabalhos, apresentações culturais e uma plenária para produção de um relatório final. De acordo com a pró-reitora de extensão da Unicentro, Marquiana Vilas Boas, a Instituição possui 47 projetos em andamento, com uma média de R$ 2 milhões investidos por ano. “Esse seminário de integração do Universidade Sem Fronteiras teve como objetivo fazer uma avaliação dos resultados alcançados nos projetos desenvolvidos pelos professores da Unicentro, acadêmicos e egressos, juntamente com a comunidade da região de Irati e Guarapuava”, disse.
Para o coordenador do projeto “Incorporação de novas tecnologias e novas práticas de gestão nas indústrias moveleiras de Irati e região”, a ideia de dar uma atenção maior para extensão dentro da universidade é extraordinária, pois a maioria das universidades brasileiras prioriza o ensino e a pesquisa. “Como a Unicentro é uma universidade regional e possui um grande volume de projetos do USF, é difícil conhecermos todos os projetos da universidade. Eventos como esse possibilitam o contato entre os trabalhos, isso nos permite uma reflexão sobre o que tem sido feito no campo de extensão, além da troca de informações”, relata.
Já a bolsista do projeto “Difusão tecnológica para elaboração de doces visando o aprimoramento da produção frutífera, olerícola e leiteira da região Centro-Oeste do Paraná”, Alik Takaki, afirma que se sente realizada por participar do Programa Universidade Sem Fronteiras. “O programa é uma forma de continuar desenvolvendo os trabalhos dentro da universidade, não se limitando apenas ao nosso meio. É uma forma de levar a universidade para perto da comunidade”, afirmou.