União da Vitória reúne 300 acadêmicos para conhecer programas da Cohapar

Rafael Greca em palestra aos estudantes afirmou que o saber acadêmico deve ser produtivo e pensar em soluções que contemplem as pessoas. “É a chamada ecologia humana, não apenas a ecologia da preservação, mas da vida que habita o planeta”
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12/04/2009 - 09:00
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O Centro Universitário de União da Vitória (Uniuvi) reuniu cerca de 300 estudantes, professores e coordenadores dos cursos de Arquitetura, Engenharia Ambiental, Civil e da Madeira, na quarta-feira (08), para uma palestra com o presidente da Cohapar, Rafael Greca. Durante o encontro que manteve com os acadêmicos, Greca mostrou os programas que a Companhia vem desenvolvendo, dentro dos princípios do urbanismo humano. Greca disse aos alunos e docentes que a universidade tem que ser a formadora do processo do saber produtivo e estar aberta para a cidade e para o campo. “A idéia é propor as soluções e as mudanças para um mundo melhor e o produto final é chamado de ecologia humana”, pontuou, justificando que “ecologia não é apenas a preservação do verde e da vida silvestre, mas da vida que habita o planeta, a nossa casa, que precisa ser melhorada todo dia”. O presidente da Cohapar mostrou que a elaboração dos projetos da Cohapar levam em conta a preocupação com o desenvolvimento das pessoas. “No Guarituba, município de Piraquara, onde estamos fazendo o maior projeto de regularização fundiária do país e realocação das famílias que vivem às margens dos rios, vamos salvar os mananciais que abastecem 70% da Região Metropolitana de Curitiba. Essa preocupação com a preservação ambiental está em todos os nossos programas. Estamos resgatando a dignidade e a cidadania de mais de 200 mil pessoas desde 2003”, salientou. Os universitários também puderam conhecer a transformação da Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, e os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para as cidades de Campo Magro e outras áreas de risco da Região Metropolitana da Grande Curitiba. São projetos que incluem a pavimentação, drenagem de ruas, pavimentação e parques e a implantação completa de saneamento, com redes de água, esgoto e energia. Greca detalhou também o projeto Casas Quilombolas destinado a construção de casas aos descendentes de escravos que ainda vivem nas comunidades criadas por seus ancestrais. “Esse projeto nos deu o prêmio do Selo do Mérito 2008, concedido pela Associação Brasileira de Cohab’s. É um projeto de resgate histórico e social, desenhado para respeitar a própria cultura de afro-descendentes, com a cozinha feita do lado de fora da casa. Assim também fizemos com as casas indígenas das etnias Kaingang e Guarani”. O presidente da Cohapar lembrou ainda, como demonstração de um planejamento urbano humano, imagens de parques, Ruas da Cidadania, do Ofício e o Bairro Novo, feitos por ele quando foi prefeito em Curitiba. “Tendência não é destino”, disse Greca . “ É possível mudar a tendência ruim ou mal feita com um bom planejamento. Isso é o saber produtivo. Ter coragem para ousar e interferir no espaço urbano, transformando para o melhor. As cidades só melhoram quando a inovação é forte não só no mercado, mas no campo da justiça social. Vocês devem ser geradores e fontes do saber produtivo e adeptos da ecologia humana, porque a paz nasce da justiça social”. Para o reitor da Uniuvi, professor Jairo Vicente Clivetti, Rafael Greca tem uma importante história no desenvolvimento da Universidade. “Ele acompanhou e ajudou o processo de transformação da nossa Faculdade em Centro Universitário, por acreditar que através do ensino é possível promover a mudança social e econômica de toda nossa região. A vinda dele aqui, engrandecendo o conhecimento dos nossos alunos e professores, é justamente para que ele pudesse passar esse conteúdo, mostrando que é possível e necessário que os acadêmicos participem das questões sociais se integrando com o desenvolvimento da região. Nós estamos implantando aqui um modelo universitário com base nos ensinamentos de Greca”. A estudante de arquitetura Maria Clara Mazzeo fez questão de participar de uma foto em família com Greca. Ela, o irmão José Edilson Mazzeo e os filhos Tiago e Felipe, todos estudantes da Uniuvi, assistiram a palestra. “Foi maravilhosa, eu aprendi e vi coisas lindas. O que ouvi hoje aqui, jamais vou esquecer. Vou carregar esses conceitos para todo trabalho que fizer”, disse Maria Clara.

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