A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e a Mineropar estudam a possibilidade de elaborar um projeto com o objetivo de criar o Geoparque dos Campos Gerais. O projeto, que abrange a região de Ponta Grossa, depois de concebido, deverá ser encaminhado à Unesco.
No momento, a UEPG e a Mineropar realizam estudo para delimitar a área de abrangência para apresentá-lo às diversas instituições que poderão se envolver com a criação do geoparque. Os Campos Gerais abrangem uma área de 12 mil hectares.
De acordo com o geólogo da Mineropar, Gil Piekarz, a idéia é realizar duas reuniões em setembro para fazer uma explanação sobre o que é um geoparque e conscientizar sobre os ganhos para a sociedade com uma obra desta abrangência.
Uma das reuniões será entre a Mineropar, a Secretaria de Estado de Turismo (Setu), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Estado da Cultura (Seec), Sebrae/PR e UEPG.
Uma segunda reunião será na região dos Campos Gerais, provavelmente em Tibagi, entre a UEPG, Mineropar, Agência Rota dos Tropeiros, Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) e prefeituras e associações de produtores.
O Geoparque é um programa da Unesco em que uma área é selecionada para a conservação e divulgação da história do nosso planeta. Os termos geoconservação, geoturismo, desenvolvimento sustentável, é o que permeia a idéia.
De acordo com a definição da Unesco, geoparque é uma área com um único ou vários patrimônios geológicos que tenha uma estratégia de desenvolvimento e deve ter limites bem definidos e grande o suficiente para o desenvolvimento econômico sustentável – geoturismo – para o benefício de visitantes e de pessoas que vivem dentro do parque.
Os moradores locais devem ser encorajados a reavaliar seu patrimônio e participar ativamente da revitalização da área. O conceito foi originalmente de um programa europeu, sendo elevado pela Unesco como uma designação global.
PRESERVAÇÃO - Piekarz explica que, a partir da implantação do geoparque, o ecossistema da área ganha mais um fator de preservação, mas com seu uso de forma sustentável pelo homem.
“A obra não exclui o ser humano, mas sim o encoraja a entender o seu ambiente e o encoraja a trabalhar de forma sustentável com os monumentos geológicos, paisagem, aspectos culturais, inclusive com geração de renda através do geoturismo”, diz o geólogo.
O Geoparque dos Campos Gerais deverá ter um levantamento completo de seu patrimônio natural, visando a sua conservação e o seu uso de forma sustentável (geoturismo) e contar também com a formação de pessoal para trabalhar e gerar renda com este novo produto.
Haverá regras de preservação, mas sempre em defesa do uso sustentável. O principal atrativo será o Patrimônio Natural, notadamente o geológico, e os visitantes serão encorajados a preservar e usar este patrimônio em benefício da sociedade.