Três artistas trabalham em conexão e expõem na Casa João Turin


Três artistas e três lugares compõem uma exposição coletiva “Publico e Privado”, que abre nesta sexta-feira (12), às 18h30, na Casa João Turin
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10/12/2008 - 16:10
Editoria
Três artistas e três lugares compõem uma história que pertence às amigas Aline Juliane, em Minas Gerais, Juliana Graf Zenni, na África do Sul e Lindalis Morés, em Curitiba. O elo, apesar da distância, foi estabelecido e a conexão das três amigas resultou numa nova exposição coletiva (antes elas já realizaram duas) intitulada “Público e Privado”. O tema serviu como gatilho para a produção artística. O resultado: duas instalações e uma exposição fotográfica, que podem ser contempladas a partir desta sexta-feira (12), às 18h30, na Casa João Turin. Aline, Juliana e Lindalis encontraram-se em 2001, na Faculdade de Artes do Paraná (FAP). Parceiras, estudos e sentimentos comuns, produziram o primeiro trabalho de conclusão de curso focado em Poética Visual da história da FAP, “Paisagens Urbanas e Naturezas Humanas”, o que fortaleceu o elo. O desejo de continuidade fez surgir, em 2005, o Ateliê de Arte Três Mulheres Três Colheres, palco de inúmeras descobertas, aprendizados e de muita vida. Em 2006, novamente se unem na exposição “Três Intimidades” – realizada no Espaço Cultural Beto Batata, e em 2008, se percebem separadas por uma distância geográfica que não é capaz de separar sentimentos de amizade e cumplicidade. Já era chegada a hora de um novo tema vir à tona, Público e Privado. Juliana Graf explica que o nome da exposição surgiu de um tema que cada uma das artistas pudesse pensar e refletir. “Essa foi a conexão entre os nossos trabalhos, apesar do resultado final, como cada uma de nós interpretou, e de ter sido uma resposta muito particular e singular”, considera. Assim, enquanto Juliana vislumbrou o privado como seu mundo interno e o público o mundo externo, buscando numa grande instalação propor um dialogo desses dois mundos, Aline Giuliane já representou isso como uma enorme colcha de retalhos, com quadrados simbólicos. “Meu trabalho só fala de mim, de tudo o que eu vejo e ouço, de tudo o que provo. De tudo o que eu sinto. É sobre mim mesma, de um particular coletivo, de algo absolutamente guardado e que mesmo tornando-se público será ainda privado”, considera Aline. Desta forma, além das duas instalações - a de Juliana é construída com ferro, arame e tecido que permite ao espectador entrar e se “proteger”-, a mostra também recebe uma exposição fotográfica de Lindalis Morés que trabalhou fotos de família ao lado de fotos de desconhecidos adquiridas em sebos da cidade. Ela conta que a fotografia faz parte da sua vida, não somente no gesto de capturar imagens, mas de compreender histórias. “Sempre tive um fascínio por fotos, as caixas e os álbuns que as contém. Carregadas de histórias e de uma presença que não posso explicar ao certo, essas fotos esquecidas agora recebem um tratamento especial, como se suas partes estivessem unindo-se novamente, um quebra cabeça. Deixo-as carinhosamente organizadas, fixadas, expostas! São sobreviventes!”, finaliza. Serviço: Público e privado. Exposição coletiva das artistas Aline Giuliane, Juliana Graf Zenni, Lindalis Móres. Abertura dia 12 de dezembro, às 18h30, na Casa João Turin (R. Mateus Leme,38 Centro Histórico). Informações e agenda pelos fones (41) 3323-5715 / 3223-1182. Horário de visitação: De 2ª a 6ª feira das 9 às 18h. Sábado e Domingo, da 10 às 16h. Entrada livre. A mostra permanece em cartaz até o dia 28 de fevereiro de 2009. Secretaria de Estado da Cultura Assessoria de imprensa (41) 3321 4844 imprensa@seec.pr.gov.br www.cultura.pr.gov.br

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