A Transpetro estuda a viabilidade econômica de utilizar ferrovias para
escoar a produção de álcool do Mato Grosso do Sul. Antes da construção dos dutos do corredor de exportação, essa pode ser uma das alternativas viáveis. Para André Lepsch, gerente geral de Novos Negócios e Parcerias, a Transpetro tem que fornecer a melhor opção de logística para os seus clientes. E isso passa por estudos intermodais que incluem ferrovias.
O mercado de transporte ferroviário está atento a essa possível demanda da Transpetro, que pode aquecer o setor. A Estrada de Ferro Paraná Oeste S/A (Ferroeste), empresa de economia mista vinculada ao Governo do Paraná, mantém um acordo de cooperação técnica com a Transpetro e estuda ampliar sua área de atuação para além do Paraná, avançando em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Samuel Gomes, presidente da Ferroeste explica que a empresa tem a concessão para construção de ferrovias naquelas regiões. “Temos a concessão para construir uma ferrovia que vai possibilitar ligar o Porto de Paranaguá ao Centro-Oeste brasileiro.Um dos objetivos principais da ampliação da Ferroeste rumo ao Mato Grosso do Sul é o escoamento da produção de álcool. Nos próximos anos, esse Estado deve disputar com o Paraná o segundo lugar na produção nacional de cana-de-açúcar, afirma.
Samuel Gomes está otimista com os estudos de viabilidade do projeto. “Temos a certeza que do ponto de vista operacional nós podemos transportar toda essa produção. A questão agora é discutir custos”, disse.