Trabalhadores e membros de movimentos populares e sociais realizam, nesta sexta-feira (14), a Jornada Nacional Unificada de Lutas. Os protestos acontecem, simultaneamente, no Paraná, em mais 10 estados brasileiros e no Distrito Federal. Os manifestantes pedem o fim das demissões justificadas pela crise econômica mundial, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, além de temas relacionados ao direito à moradia, saúde e educação.
Em Curitiba, os manifestantes fizeram passeata saindo da Praça Santos Andrade até a Boca Maldita. Pela manhã, funcionários da fábrica Kraft Foods bloquearam a BR – 736, em frente ao prédio da empresa. Funcionários dos Correios paralisaram o atendimento até as 13h30.
Para a secretária geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Marisa Stédile, a data será um marco na história da classe trabalhadora. “Este é um momento histórico de reação contra a crise financeira. A classe trabalhadora não pode pagar pela crise, pela qual não tem qualquer responsabilidade. Entendemos que muitos patrões estão usando a crise para demitir e reduzir direitos. Faremos pressão para que haja garantia e preservação dos empregos”, explica ela.
De acordo com o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), José Aguinaldo Pereira, entre as principais reivindicações, estão a redução da jornada de trabalho, a reforma agrária e urbana, o fim do fator previdenciário, a defesa da Petrobrás e do pré-sal, a redução dos juros e do superávit primário.
“Estas manifestações expressam o desejo da classe trabalhadora de buscar um futuro melhor, de liberdade e prosperidade. Atos como este reforçam a luta por um projeto de desenvolvimento do país com valorização do trabalho”, relata.
A Jornada Nacional de Lutas é organizada pelas seguintes entidades: Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS); Central Única dos Trabalhadores (CUT); Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Confederação Geral dos Trabalhadores (CGTB); Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz); Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM); Marcha Mundial das Mulheres; Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); entre outras.