Trabalhadores do setor de confecção elogiam campanha “Trabalho Sem Carteira Assinada Não É Legal”

Secretária do Trabalho, Emprego e Promoção Social apresentou a campanha no 2º Seminário Informalidade é Ilegalidade
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20/02/2008 - 16:50
Editoria
A Secretária do Trabalho, Emprego e Promoção Social participou nesta quarta-feira (20) do 2º Seminário Informalidade é Ilegalidade, organizado pela Federação dos Trabalhadores no Setor de Vestuário, Têxtil, Couro e Calçados do Paraná. O objetivo do evento é discutir problemas trabalhistas e os prejuízos do trabalho sem carteira assinada, além de propor um fórum permanente para debater soluções. Os líderes sindicais elogiaram a campanha “Trabalho Sem Carteira Assinada Não É Legal”, coordenada pela Secretaria. O secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, foi representado por seu chefe de Gabinete, Braz Alves, que reafirmou o comprometimento da Secretaria e do Governo do Estado no combate ao trabalho informal. Segundo ele, a Secretaria deve levar para o setor a campanha “Trabalho Sem Carteira Assinada Não É Legal” e vai ouvir empregados e empregadores na busca por melhores condições de trabalho. A campanha do Governo Requião, realizada através da Secretaria, foi muito elogiada pelos participantes do seminário. Para o Presidente da Fetiep, Paulo Gin, a iniciativa vai ao encontro das principais reclamações do setor. “A informalidade é um grande problema para os trabalhadores de confecção. Hoje o setor só perde em número de trabalhadores informais para a construção civil. Estimamos que, em todo o Brasil, mais de 2 milhões de pessoas trabalhem sem qualquer tipo de registro em carteira”, disse. A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Vestuário, Eunice Cabral, se surpreendeu com o apoio do governo paranaense aos trabalhadores e elogiou a organização da campanha, que volta suas ações para diferentes categorias respeitando as características de cada uma delas. Ela diz que a realidade do setor de vestuário é de grande número de empregados mutilados no trabalho e que, sem registro, não recebem qualquer tipo de auxílio. Segundo Eunice, o País tem um grande número de empresas informais e grande parte costuma mandar o funcionário levar serviço para fazer em casa, o que aumenta os índices de trabalho infantil e evasão escolar. “Estima-se que 70% dos empregados no setor sejam mulheres e 40% delas são chefes de família. Sabemos que elas levam trabalho para fazer em casa e como são pagas por produtividade acabam colocando os filhos para ajudar, o que caracteriza trabalho infantil e na maioria das vezes acaba fazendo com que estas crianças abandonem a escola”, explica. Idemar Martini, presidente da Federação dos Trabalhadores de Santa Catarina, também elogiou a postura do Governo Requião junto aos trabalhadores. Ele considerou a campanha pela carteira de trabalho uma iniciativa pioneira e convidou o secretário Nelson Garcia para apresentar o trabalho no Fórum Sul de Trabalhadores de Confecção, que acontecerá em Curitiba nos dias 3 e 4 de março, com sindicatos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “A iniciativa do Governo do Paraná é louvável e deve servir de exemplo para todo o Brasil. Gostaria muito que o secretário Garcia mostrasse aos outros Estados que o lugar do governante é ao lado do trabalhador”, disse.

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