Termina primeira etapa do curso de capacitação para presidiários

A capacitação de Economia Solidária foi realizada dentro da Penitenciária Central do Estado
Publicação
10/11/2005 - 16:00
Editoria
O diretor da Penitenciária Central do Estado, André Luiz Aires, entregou nesta quinta-feira (10) para o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, padre Roque Zimmermann, o relatório da primeira etapa do curso de capacitação de Economia Solidária, desenvolvido para os detentos. A formatura da turma aconteceu na sede da penitenciária no dia 8 de novembro. O trabalho de uma artesã, desenvolvido dentro da Penitenciária, na Região Metropolitana de Curitiba, trouxe a necessidade da criação de uma cooperativa, formada pelos internos que cumprem pena. A saída encontrada foi sugerida pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social. “Nós pensamos em uma cooperativa baseada na Economia Solidária, em que eles pudessem trabalhar e conseguir garantir uma vida mais digna dentro e fora da Penitenciária”, garante o técnico do Programa Economia Solidária da Secretaria, Sérgio Schlichta. O curso, de 96 horas, teve início em abril deste ano e a primeira etapa, em que os alunos aprendem o funcionamento de uma cooperativa, já terminou. A próxima fase será a criação da cooperativa. Sérgio Schlichta disse que trabalho de capacitação é uma parceria entre as Secretarias do Trabalho, Justiça e Cidadania, e a Universidade Federal do Paraná, por meio da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, que é a executora do curso. “A cooperativa de Economia Solidária é uma oportunidade de inclusão no mercado de trabalho para as pessoas que estão desempregadas ou trabalhando na informalidade”, explicou. No caso específico da cooperativa da Penitenciária, disse ele, é uma ajuda ainda mais válida, já que existe preconceito na hora da admissão de um trabalhador ex-detento. “E ainda conta o fato da redução de pena, que é possível graças aos dias de trabalho dentro da Penitenciária”, afirmou. Segundo Sérgio, o curso foi bem aceito entre os detentos, já que, além de aprender um novo ofício e garantir emprego e renda no retorno à vida em sociedade, ele ainda tem a redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados dentro da penitenciária. Ao final do encontro com o diretor, padre Roque enfatizou que pretende desenvolver outras ações de Economia Solidária nessa parceria.