Termina greve na Volvo

Empregados da montadora Volvo em Curitiba aceitaram proposta da direção da empresa e voltam a trabalhar nesta quinta-feira (04)
Publicação
04/09/2008 - 12:16
Editoria
Os empregados da montadora Volvo em Curitiba aceitaram a proposta da direção da empresa e voltam a trabalhar nesta quinta-feira (04). Em assembléia pela manhã os trabalhadores aprovaram a oferta feita de modo inusitado por um dos diretores de Recursos Humanos da multinacional, do alto do caminhão de som. Ele prometeu 10% de reajuste salarial para setembro, mais R$1.500 de abono também para este mês. As paralisações continuam nas fábricas paranaenses da Volks, Nissan e Renault. Às 12 horas o Sindicato dos metalúrgicos se reúne novamente com a diretoria das três empresas para discutir um novo reajuste. De acordo com Núncio Manalla, da Coordenadoria de Estudos e Pesquisas da Secretaria do Trabalho, Emprego Promoção Social, a estimativa é que desde o início das greves na segunda-feira (01) cerca de 2.700 veículos deixaram de ser produzidos no Estado. Para ele, a decisão da fábrica em aceitar na íntegra todos os pedidos dos sindicatos de trabalhadores deve influenciar as demais empresas. “A decisão da direção da Volvo pressionará as votações nas outras três fábricas. Acho que até o fim da semana todas terão entrado em acordo”, afirma. Porecatu - Também em assembléia nesta manhã os trabalhadores da Usina Central de Porecatu, no Norte do Estado, decidiram manter a paralisação que dura 18 dias. Ontem (03) a justiça bloqueou R$ 3,4 milhões da companhia paulista, dona da empresa, para pagar os salários atrasados dos meses de julho e agosto. Os empregados reclamam não ter diálogo com os proprietários. O secretário de Estado do Trabalho, Nelson Garcia, se disse preocupado com a situação na região. Segundo ele, cerca de 30 mil hectares de cana-de-açúcar precisam ser colhidos em no máximo 30 dias ou serão perdidos. Além do desperdício, a produção deixará de gerar cerca de R$10 mil em impostos para os municípios. “É prejuízo para a empresa, para os empregados e para os moradores das cidades que têm a economia baseada no plantio da cana para a usina. E não é só em relação à esta safra, mas a seguinte que também já deveria ser plantada”, disse.