Termina ano letivo do “Escolarização do Servidor”

Programa oferece a oportunidade para que funcionários públicos concluam os estudos
Publicação
13/12/2004 - 00:00
Editoria
O ano letivo terminou nesta segunda-feira (dia 13) para os 134 alunos do programa Escolarização do Servidor, que oferece ensinos fundamental e médio a funcionários públicos que não tiveram condições de concluir os estudos quando crianças. Para marcar o encerramento, foi promovida uma palestra aos alunos, ministrada pela professora Cleusa Martins, sobre o tema “A arte de esperançar”. A secretária da Administração e da Previdência (Seap), Maria Marta Lunardon, também falou aos estudantes. A professora Cleusa destacou o quanto é importante a atitude de, depois de muito tempo longe dos bancos escolares, uma pessoa voltar a estudar – como ocorre com o servidores matriculados no “Escolarização”. Cleusa contou histórias da vida cotidiana, colocou o público para fazer ginástica e para cantar. Ao final, motivou os alunos a não desistirem dos estudos, por maiores que sejam os obstáculos que aparecerem no caminho. E agradeceu os professores que dão aulas aos funcionários, pela atenção, paciência e cuidado com que tratam os alunos. A secretária Maria Marta Lunardon parabenizou os servidores pelo esforço. Maria Marta salientou que, além de preparar funcionários para a gestão da máquina pública, com cursos técnicos, o governo, com o “Escolarização do Servidor”, investe também no trabalhador que, por alguma razão, teve que, no passado, abandonar os estudos. A palestra e a cerimônia de encerramento do ano letivo ocorreram no Centro Administrativo Santa Cândida (Casc), em Curitiba. O programa – O programa é tocado pela Secretaria da Administração e pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), em parceria com outras 17 instituições do Poder Executivo estadual, que ajudam estimulando os servidores a participar. Os estudantes recebem apostilas, estudam em casa e devem assistir a pelo menos quatro horas de aulas por semana. Eles são liberados do trabalho pela chefia nos horários em que há classes. Os alunos são dos mais variados perfis. A maioria deles tem entre 40 e 49 anos. Entretanto, há pessoas com mais idade também, entre 60 e 70 anos. Há quase o dobro de mulheres em relação aos homens. Uma delas é a auxiliar de serviços gerais Therezinha Kulik, de 64 anos de idade. Apesar de há mais de uma década trabalhando no Estado, numa escola da rede pública de ensino, Therezinha estava longe dos livros e cadernos há meio século. “Parei de estudar quando tinha 12 anos de idade. Voltei neste ano, e não foi fácil no começo. Tinha muita dificuldade para entender as aulas, consegui fazer as provas. Agora, no final do ano, foi ficando mais fácil”, narra ela, que está concluindo o ensino fundamental.