Telecentro com internet faz sucesso entre turistas e moradores do Litoral

Só neste verão, mais 7,5 mil usuários passaram pelos telecentros em três municípios da região
Publicação
04/03/2009 - 15:40
Editoria
Mais de 7.500 usuários passaram pelos Telecentros Paranavegar, no litoral do Paraná, durante a Operação Viva o Verão e o feriado de carnaval, entre os meses de dezembro e fevereiro. Nesse período, turistas e moradores das praias de Guaraqueçaba, Morretes e Pontal do Paraná (Ipanema e Shangri-Lá) compartilharam os computadores com acessos à internet colocados gratuitamente à disposição da população pelo Governo do Estado. Segundo a gerente do programa de Inclusão Digital, Marilaide de Quadros, os telecentros se transformaram em espaços de encontros de turistas de várias regiões do país e do exterior. Frequentadora do litoral paranaense há seis anos, Rossana Cavalheiro, de Assunción (Paraguai), utiliza o telecentro para conversar com familiares e amigos e ler seus e-mails. O administrador de empresas curitibano Valdir Pereira, por sua vez, costuma acompanhar a filha Andréia e o neto Thiago que utilizam as salas para acesso a jogos educativos e leitura de jornais e revistas. Os telecentros também permitem que usuários como a professora Evelise Arlete Colodel, que frequenta o balneário Sangri-Lá, acompanhe os conteúdos do portal Dia-a-Dia Educação, da Secretaria de Estado da Educação, para se manter informada sobre concursos e outras atividades profissionais de seu interesse. “Enquanto curto as férias, o telecentro é meu ponto de apoio para o curso à distância que frequento, da Universidade Federal. O acesso à internet me possibilita acompanhar as atividades do curso sem a necessidade de deslocamento”, confirma a professora. O veranista Felipe Zielinsi Marinho elogiou a qualidade dos equipamentos colocados à disposição da população que, segundo ele, tem boa velocidade de navegação, o que facilita a leitura de notícias e a comunicação com amigos e familiares. Já Fabienne Castellano diz que a iniciativa é importante para o futuro das crianças que moram no litoral e não possuem seus próprios computadores. Outro usuário, Ulisses Natal, do balneário de Sangri-Lá, prefere destacar a atenção dos técnicos da Celepar e da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SEAE) que ficam à disposição dos veranistas durante o período de férias para orientar sobre a utilização dos computadores e da internet. “Com a orientação deles o aproveitamento dos programas e a realização dos serviços é melhor”, aprovou. REDE DE SERVIÇOS - Para o técnico Ouphir Pesch o contato com o público é importante para o levantamento das necessidades dos usuários e a consequente melhoria do atendimento. Segundo a monitora Elizangela, do Telecentro de Morretes, outro mérito do Programa de Inclusão Digital é seu caráter pedagógico, em especial devido a oferta de conhecimentos sobre informática e internet para as pessoas portadoras de necessidades especiais, crianças, idosos e gestantes. “Não se trata, portanto, de uma simples sala de acesso. Além dos recursos técnicos, os telecentros colocam à disposição toda uma rede de serviços que estão mudando a vida de muitas pessoas”, enfatizou. Para o secretário de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, os telecentros cumprem uma função fundamental para o exercício da cidadania. “Sem o acesso da população às novas tecnologias da informação e comunicação esse direito não existe", enfatiza o secretário, que lembra que o sucesso do programa se deve também à parceria do Governo do Estado com várias entidades, prefeituras e à própria participação da comunidade. O presidente da Companhia de Informática do Paraná (Celepar), Vanderlei Iensen, destaca que o programa de Inclusão Digital paranaense tem êxito porque reúne vontade política de viabilizar o acesso da população à internet e aos programas de computador e as condições técnicas que permitem conexão à internet em localidades com pouca infra-estrutura de comunicação. Outro aspecto abordado por Iensen diz respeito à utilização dos programas de computador de código aberto, os softwares livres, que além de gerar economia com o pagamento de licenças também viabilizam o funcionamento dos computadores instalados nos telecentros.

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