Tecpar vai produzir kits para testes de vírus da hepatite e da aids

Com a implantação do novo laboratório, serão desenvolvidos projetos para a nacionalização dos insumos para diminuir o custo com kits importados
Publicação
23/12/2006 - 11:00
O Instituto de Tecnologia do Paraná – Tecpar deu o primeiro passo para a implantação da planta de produção de insumos e kits para testes de diagnósticos moleculares para vírus da hepatite C (HCV) e do vírus da aids (HIV). O contrato entre a construtora e o Tecpar já foi assinado e as obras devem ser iniciadas em breve. Essa planta tem por objetivo atender à demanda do Ministério da Saúde e da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados) e será instalada no complexo tecnológico do instituto, na Cidade Industrial de Curitiba, por meio da parceria entre o Tecpar, o Instituto Biomanguinhos/Fiocruz e o IBMP - Instituto de Biologia Molecular do Paraná. O Tecpar já tem atuado no desenvolvimento de alguns testes diagnósticos de base molecular (DNAs). Alguns deles já estão sendo empregados na prestação de serviços, como é o caso do teste para Organismos Geneticamente Modificados (soja OGM). Este projeto visa propiciar o desenvolvimento e aperfeiçoamento de testes moleculares de diagnóstico e a modernização de linhas de produção de reagentes para os testes, levando à nacionalização da produção de insumos para ensaios moleculares, com a conseqüente capacitação de quadros nas tecnologias fundamentais para este segmento em um futuro próximo. A iniciativa, além do importante aspecto de nacionalização de tecnologias e atendimento às prioridades da saúde pública do País, pode ainda resultar em um significativo resultado financeiro para servir de base para o desenvolvimento de projetos de temáticas semelhantes (testes moleculares), uma forte tendência deste setor para atuações em diferentes áreas. Com a implantação do novo laboratório, o Tecpar busca o desenvolvimento de projetos para a nacionalização destes insumos, visando diminuir significativamente o custo unitário destes testes com kits importados. A partir do início da produção, além da economia prevista de divisas (superiores a R$ 200.000,00 por ano), será promovida a independência do País nesta área de ponta dos testes baseados em seqüências de DNA. Com os projetos já encomendados, este empreendimento levará seus parceiros à liderança no mercado brasileiro de testes moleculares, segmento com elevado potencial de crescimento. “A construção dessa planta será muito importante para o Tecpar e para o País. Algo que vai ser inédito no Brasil, substituir importação desses kits e torná-los disponíveis à rede do Sistema Único de Saúde a custo menor. Com isso, haverá condições não apenas de captar o quadro de infecção dessas doenças, mas também de evitar o surgimento de outros casos de contaminação, pelo controle do monitoramento do paciente. Com um custo menor, o kit de base molecular não só detecta a existência do vírus no sangue, como também a carga viral, o que permite o perfeito acompanhamento de cada paciente e a determinação dos rumos a serem tomados conforme a evolução do processo”, comenta Mariano de Matos Macedo, presidente do Tecpar.

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