O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) promove nos dias 10 e 11 de fevereiro o Seminário sobre Certificação da Conformidade em Educação. Com tradição na área de certificação da qualidade como instrumento de gestão institucional, o Tecpar amplia sua atuação com o seminário e atende uma área ainda não contemplada pelo mercado.
Um dos objetivos do seminário, a ser realizado em parceria com a Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Particular (Funadesp) e o Ministério da Ciência e Tecnologia, é debater com dirigentes de instituições de ensino a proposta de avaliação do sistema da qualidade aplicada aos cursos de pós-graduação latu sensu, com base na norma ISO 9001:2000, colhendo subsídios para a elaboração de um guia para aplicação da norma na área de educação.
A pós-graduação stricto sensu, que inclui os cursos de mestrado e doutorado, são avaliados pelo Ministério da Educação e incluem acadêmicos que querem ser professor ou pesquisador. Já os cursos de especialização – latu sensu – são os mais procurados por empresários ou profissionais que buscam atualização e não passam por nenhuma avaliação.
“É a primeira grande iniciativa de avaliação voluntária a permitir que as dezenas de pessoas que querem alargar ou reciclar seus conhecimentos não comprem gato por lebre ou pelo menos saibam que estão comprando gato”, diz o PhD em Economia, Cláudio de Moura Castro, que escreve regularmente desde 1998 a coluna Ponto de Vista, da Revista Veja. “A intenção é dar mais transparência aos cursos latu sensu”, acrescenta.
De acordo com Castro, que vai falar sobre “Gestão e avaliação na pós-graduação, desafios e oportunidades”, as diferenças entre os cursos de pós-graduação do Brasil e do exterior são pequenas. “Um bom doutorado brasileiro é tão bom quanto o de outras universidades sérias lá fora, já as especializações não são avaliadas”, esclarece o economista, que já lecionou em universidades dos EUA, Suíça e França.