Tecpar projeta sistema que trata o cheiro da fumaça de chaminés

Além de tratar do problema do cheiro, o sistema utiliza uma cultura mista de microrganismos que aproveita o gás carbônico presente na fumaça para produzir biomassa
Publicação
24/11/2010 - 11:50

Confira o áudio desta notícia

Um sistema biológico automatizado para o tratamento de emissões gasosas de uma churrascaria de Curitiba está sendo desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), unidade vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A preocupação com a poluição e com o meio ambiente fez com que o empresário Augusto Farfus procurasse o Tecpar com o intuito de solucionar a questão, pois, na sua opinião, o mercado precisa de um sistema para resolver o problema das emissões. De acordo com o empresário, medidas para a preservação do meio ambiente e atitudes benéficas à sociedade devem ser valorizadas. “Com essa iniciativa, Curitiba, Tecpar, UTFPR e UFPR saem na frente, afinal não há no país uma churrascaria que não polua”, afirmou.
O projeto vem sendo desenvolvido há aproximadamente um ano. Segundo o gerente da Divisão de Tecnologias Sociais do Tecpar, Alexandre Akira Takamatsu, o objetivo é acabar com o incômodo causado pelo cheiro da fumaça gerada na churrascaria. “Todo esse processo surgiu de uma linha de pesquisa existente e, após a consulta do proprietário da churrascaria, foi direcionado o estudo para a resolução desse problema, abrindo caminho para a inovação no tratamento da fumaça”, explicou.
Além de tratar do problema do cheiro, o sistema utiliza uma cultura mista de microrganismos que aproveita o gás carbônico presente na fumaça para produzir biomassa. Segundo Akira, a invenção lembra os paineis solares e, assim como estes, será instalada no telhado da churrascaria.
A patente do sistema foi depositada pela Agência Paranaense de Propriedade Intelectual (APPI) do Tecpar, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), e a previsão para a instalação do projeto piloto é de, aproximadamente, três meses.