Tecpar é referência na pesquisa e tecnologia

Investimento de R$ 83 milhões nos últimos anos incrementaram pesquisas com excelentes resultado
Publicação
29/12/2009 - 13:08
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) é referência na produção de vacinas, insumos e serviços de certificação. Principal fornecedor da vacina antirrábica para o Ministério da Saúde, o Instituto passou por uma verdadeira reestruturação tecnológica a partir de 2003 para garantir que novos produtos e serviços fossem agregados. Desde então o Instituto recebeu um investimento de praticamente R$ 83 milhões do Governo do Estado para que voltasse a pesquisar. Segundo o diretor-presidente do Tecpar, Aldair Rizzi, há uma clara distinção entre o período anterior e posterior a 2003. Ele afirma que anteriormente havia uma espécie de privatização, pois os recursos do Fundo de Ciência e Tecnologia eram repassados para organizações privadas, por meio de contratos e sub-contratos, e que pouco deste recurso chegava definitivamente ao Tecpar, o que gerou a deteriorização do Instituto. “A partir de 2003 começamos a canalizar estes recursos ao Tecpar e estamos colhendo os resultados”. Rizzi falou sobre como a tecnologia paranaense tem avançado nos últimos anos. “Produzimos um insumo que é agregado à vacina tríplice (Tétano, Difteria e Coqueluche), que com isso torna-se tetra, sendo eficiente também para a Meningite. Isso é tecnologia nossa”, disse. O Tecpar passou ainda, em parceria com o Ministério da Saúde, a fabricar insumos para que a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) monte os kits de diagnóstico de Hepatite C e HIV. “O Paraná possui hoje tecnologia importante que permite produzir estes diagnósticos. Esta tecnologia significa a redução da dependência estrangeira”, disse. Na área animal, o instituto também apresentou grandes avanços, pois o Tecpar desenvolveu novos antígenos para montar os kits de diagnóstico de Brucelose, Febre Aftosa e varias outras doenças que são fornecidos diretamente ao Ministério da Agricultura. Mas a maior inovação está ocorrendo no carro chefe da produção de vacinas do instituto, a antirrábica. A vacina, produzida há três décadas, após um grande investimento passa a ser fabricada pelo moderno método de cultivo celular, deixando de usar cérebros de camundongos recém nascidos, com no máximo quatro dias de vida, como matéria-prima. “Somente em 2009 foram investidos cerca de R$10 milhões para finalizar este projeto de tecnologia sofisticada, que usa biorretores suíços”, explicou o diretor-presidente. Serviços – o Tecpar, além da produção de vacinas também oferece mais de duas dezenas de serviços à sociedade, como a certificação de metrologia, pois o instituto é reconhecido pelo Inmetro. “Nós investimos para colocar o Tecpar mais próximo das empresas, pois temos um dos maiores centros tecnológicos do país”, disse Rizzi. O instituto oferta certificação de patentes, de produtos orgânicos, Manejo Florestal, Sistema de Gestão de Qualidade, entre outras. Hoje o Tecpar tem de 328 certificados válidos, sendo 52 de produtos orgânicos - provenientes da agricultura familiar, que foi iniciada em 2005. Os certificados têm em média três anos de validade. O mais novo processo de certificação foi o de madeira, cujo laboratório foi inaugurado em novembro, e representa um investimento de R$ 900 mil. Ainda com relação a certificação de produtos orgânicos foi lançado na última quinta-feira (10) o Programa Paranaense de Certificação de Produtos Orgânicos, financiado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, por meio das universidades estaduais e do Fundo de Ciência e Tecnologia, que irá certificar gratuitamente 300 propriedades do Paraná que cultivam produtos orgânicos. Além da certificação, o Tecpar ainda mantém uma incubadora que graduou mais de 40 empresas, que estão estabelecidas no mercado, como, por exemplo, a Bematch (impressoras e computadores), a Biosmart (sistemas avançados de reabilitação) e a Engmovi (engenharia de controle de movimento, visão e instrumentação). E o instituto tem uma parceira com a Copel na usina piloto de biodiesel, em São Jorge do Oeste, “que permite testar as oleaginosas e o processo de produção, que tornou o Paraná hoje uma referencia nesta área”, afirmou Rizzi.

GALERIA DE IMAGENS