Tecpar ajuda a produzir vacina tetravalente

Instituto de Tecnologia do Paraná também vai ampliar em 10% a produção da vacina anti-rábica
Publicação
05/01/2005 - 00:00
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) passará a produzir em 2005 a proteína monomérica tetânica, hoje totalmente importada. Na Fiocruz, no Rio de Janeiro, a vacina será conjugada outra vacina, a tríplice (contra tétano, difteria e coqueluche) e também com um polissacarídeo, resultando numa vacina tetravalente. Isso significa mais proteção para as crianças. Na área da produção da vacina anti-rábica, a boa notícia é que, também neste ano, o instituto paranaense já estará produzindo 33 milhões de doses da vacina anti-rábica para uso veterinário, 3 milhões a mais em relação a 2004. Com isso, o instituto paranaense mantém a posição de maior produtor nacional desse tipo de vacina. Já para atender a produção da vacina anti-rábica por meio do cultivo celular, tecnologia que dispensa cérebros de camundongos neonatos, o instituto informa que está concluindo dois laboratórios, informa o presidente do Tecpar, Mariano de Mattos Macedo. As novas unidades deverão estar concluídas no primeiro semestre de 2005 e funcionarão no campus do Juvevê. Microempresas - Além da produção de vacinas, o Tecpar também presta serviços em várias outras áreas. Para este ano, está prevista a implantação do Serviço Brasileiro de Resposta Técnica, que visa apoiar, do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico, e sob coordenação do instituto paranaense, micro, pequenas e médias empresas. O projeto é financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Em 2004, a interiorização das ações do Tecpar foi consolidada com o projeto “Londrina Tecnópolis”, voltado para a pesquisa, desenvolvimento e prestação de serviços técnicos especializados no campo dos alimentos funcionais, que, além de serem mais apropriados para a saúde humana, têm uma função específica. Na área econômica, o Programa de Apoio Tecnológico à Exportação, considerado um dos mais importantes, atendeu em 2004 mais de 80 micros e pequenas empresas, realizando ainda convênios com instituições tecnológicas de Dois Vizinhos e Ponta Grossa. Os municípios de Pato Branco e Londrina foram contemplados em 2003. Na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação, o Tecpar iniciou, também em 2004, testes com a “Sericina”, uma proteína obtida a partir do fio da seda, de alto valor agregado, que será aplicada na indústria alimentícia, cosmética e de biomateriais. Também nessa área de PD&I, um moderno laboratório foi instalado em 2004 para purificar, sintetizar e extrair compostos presentes em fontes naturais da biodiversidade brasileira, visando expansão da agroindústria. Além disso, Instalou um novo laboratório para calibrações volumétricas e um para identificação de organismos geneticamente modificados. Box: Fundo Paraná Em 2004, o TECPAR foi uma das instituições paranaenses que receberam recursos do Fundo Paraná para a ciência e a tecnologia. Os recursos foram aplicados em equipamentos pesados para inteligência artificial, na produção em escala semi-industrial do biodiesel e na certificação de produtos orgânicos, entre outros projetos. Para 2005, estão previstos recursos federais para as áreas de avaliação da conformidade para produtos de exportação e estruturação de novos programas de certificação e da capacidade dinâmica de empresas. Serviços - Outros números do Tecpar em 2004 são: 10 mil análises e serviços tecnológicos; emissão de 192 novos certificados; realização de inspeção veicular em 1.379 veículos; e realização de mais de 100 análises em amostras de biodiesel, em parceria com a Universidade Federal do Paraná, entre outras ações. Os eventos mais importantes realizados foram o IV Congresso Latino Americano de Metrologia; o XXVIII Simpósio de Gestão e Inovação Tecnológica; e o Workshop Gestão do Capital Intelectual e Proteção do Conhecimento, entre outros.