Duas técnicas da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do estado de São Paulo estiveram no Paraná para conhecer de perto os projetos habitacionais da Cohapar. Maria Cláudia Brandão, gerente de Programas de Cortiços, Moradias Indígenas e Quilombolas, e Lia Afonso Ferreira de Barros, arquiteta, dedicaram atenção especial à Casa da Família Indígena, projeto doado pela Cohapar à CDHU para implantação em comunidades guaranis de São Paulo.
Maria Cláudia e Lia estiveram no Sudoeste do Paraná, onde o presidente da Cohapar, Rafael Greca, entregou 178 moradias do Programa Casa da Família. Elas também visitaram aldeias que contam Casas da Família Indígenas para ver como vivem os beneficiados e como se deu a adaptação deles às novas moradias.
“O interesse da CDHU é uma prova de que os nossos projetos são conhecidos e muito bem vistos por companhias de habitação de todo o País”, disse Greca. “Na visita. Maria Cláudia e Lia viram como os índios estão bem adaptados à vida nova, até porque as casas respeitam as tradições e costumes dos povos”, acrescentou.
Maria Cláudia se disse impressionada com o acabamento das moradias. “São lindas, perfeitamente construídas, e ainda têm uma estética maravilhosa. Percebemos que a Cohapar trabalha com vontade e preocupa-se com o bem-estar das famílias”, afirmou. “Voltamos para São Paulo com a certeza de que a Cohapar realiza um belo trabalho em todos os segmentos em que trabalha. As Casas da Família também são belíssimas.”
As técnicas conheceram detalhadamente as casas, a evolução do projeto, conversaram com índios e passaram pelo posto de saúde e pela escola de uma das aldeias. “As casas unem praticidade e a cultura. Foram construídas respeitando tradições, muito importante quando trabalha-se com indígenas, oferecendo dignidade a quem fazem parte da nossa história”, disse Lia.
O líder da Aldeia Passo Liso, Julinho Rodrigues, explicou às visitantes que a vida está muito melhor após a mudança. “A gente nunca teve moradia boa. Agora, temos casas qye respeitam a nossa cultura e as nossas tradições. Que mais podemos querer? Plantamos aqui mesmo e nossas mulheres têm mais conforto para produzir o artesanato”, afirmou.
O programa Casa da Família Indígena foi implantado pelo Governo do Paraná em 2003 para resolver o problema de falta de moradia em comunidades indígenas, que se transformavam em favelas rurais. Para desenvolver os projetos, a Cohapar convidou lideranças de comunidades e indigenistas, que trabalharam em conjunto com arquitetos e engenheiros da companhia.
O resultado são casas projetadas para respeitar as características e tradições indígenas, com estrutura prática e moderna. A Cohapar tem projetos diferentes de Casa da Família Indígena, para as comunidades Kaingang e Guarani.
As casas têm 52 m², dois quartos, sala, cozinha, banheiro externo, varanda e instalações elétrica e hidráulica completas. As moradias são construídas em alvenaria e madeira e cobertas com telhas cerâmicas. Todas têm fogo de chão na varanda, uma tradição indígena.