Foi de 7,1% a taxa de desemprego em janeiro na Região Metropolitana de Curitiba, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (1) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Em comparação com as outras seis regiões metropolitanas avaliadas pelo IBGE, a de Curitiba continua sendo, pelo sexto mês consecutivo, a menor.
A maior taxa de desemprego no mês foi registrada em Salvador (16,2%), seguida das de São Paulo (12,9%), Recife (12,8%), Belo Horizonte (12,3%), Rio de Janeiro (8,9%) e Porto Alegre (7,6%). A média nacional ficou em 11,7%.
Em relação a janeiro de 2003, a taxa na grande Curitiba apresentou uma queda de 0,7 ponto percentual. Ou seja, há um ano o índice em Curitiba era de 7,8%. Já comparativamente a dezembro de 2003, houve um crescimento de 0,6 ponto percentual, uma vez que o índice no último mês do ano passado foi de 6,5%, o que representou a existência de 88 mil desempregados..
Segundo os técnicos do Ipardes, esse aumento no primeiro mês do ano é uma tendência sazonal verificada em função do encerramento dos contratos temporários de trabalho firmados no final do ano.
PEA teve queda - A População em Idade Ativa (PIA), isto é, pessoas com 10 anos ou mais de idade, foi estimada em 2,279 milhões, sendo que destas, 59% (1,344 milhão) faziam parte da População Economicamente Ativa (PEA) e 41% (935 mil) integravam a População Não Economicamente Ativa (PNEA). No caso desta última, houve um aumento de 1,9% em relação a dezembro.
A população economicamente ativa apresentou variação negativa (1,2%) em relação a dezembro, passando de 1,361 milhão para 1,344 milhão em janeiro (17 mil pessoas a menos). A taxa de atividade (relação entre as pessoas economicamente ativas e as pessoas em idade ativa) foi de 59%. O número de pessoas ocupadas foi estimado em 1,248 milhão, o que representou um decréscimo de 2% em comparação com dezembro de 2003.
Cresce emprego formal - Do total de pessoas ocupadas, 72,1% eram empregados (900 mil), 20,6% trabalhavam por conta própria (257 mil) e 5,6% eram empregadores (70 mil). Entre os ocupados, 48,3% eram empregados com carteira de trabalho assinada (603 mil) e 16,6% sem registro (207 mil). No setor privado, o número de empregados com registro cresceu (0,5%), enquanto o de empregados sem registro teve variação negativa de 9,5%.
Em comparação com janeiro de 2003, a RMC teve redução de 12,5% dos empregados sem carteira assinada no setor privado. Já o contingente de trabalhadores autônomos registrou crescimento de 2,4% em relação ao primeiro mês de 2003.
Comparando-se com a situação nacional, enquanto o emprego formal (com carteira assinada) no setor privado brasileiro apresentou uma queda de 0,5%, na Região Metropolitana de Curitiba houve um aumento de 11,6%.
Grupos de atividades – Considerando os grupamentos de atividade, os que apresentaram queda no número de pessoas ocupadas foram: indústria extrativa e de transformação, e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (3,4%); comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis (1,8%); intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (6%); serviços domésticos (5%); e outros serviços (2%). Já o grupamentos que mantiveram-se constantes foram construção civil e administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais.
Rendimento – O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas, no mês de janeiro, foi de R$ 818,30, valor 0,7% superior ao de dezembro (R$ 812,69). Esse resultado reflete o pagamento do 13º salário e o aumento das comissões nas vendas registradas no final de ano. Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram decréscimo de 1,2% nos rendimentos médios habitualmente recebidos, e os empregados sem registro tiveram pequeno acréscimo de 0,5%. Os trabalhadores autônomos mantiveram os seus rendimentos médios habitualmente recebidos em relação ao mês de dezembro.
Na comparação com janeiro de 2003, verifica-se que o rendimento médio real habitualmente recebido caiu 8,3% para o total de pessoas ocupadas. No entanto, os trabalhadores do setor privado tiveram um aumento de 1,1%.
O rendimento médio real efetivamente recebido pelas pessoas ocupadas, referente ao mês de dezembro, foi de R$ 911,70 (3,8 salários mínimos), superior ao de novembro, que foi de R$ 839,68. Comparando-se com janeiro de 2003, houve uma redução de 12,6% para o total de ocupados. Em janeiro de 2004, os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram acréscimo de 9,5% nos rendimentos médios efetivamente recebidos, e os empregados sem registro tiveram pequeno acréscimo de 0,6%. Na comparação com janeiro de 2003, esse rendimento caiu 4,9% entre os empregados do setor privado.
Os rendimentos médios dos trabalhadores autônomos da RMC apresentaram acréscimo de 5% quando comparados aos rendimentos de novembro de 2003.