A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Curitiba em julho foi de 8,9%, correspondendo a 121 mil pessoas desocupadas. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto do Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a diretora do Centro Estadual de Estatística, Sachiko Araki Lira, em comparação a julho de 2003, houve um decréscimo no número de desocupados. A taxa naquele mês foi de 10,3%. Já em junho de 2004, o índice foi de 8,7%. “Mesmo com pequena elevação em julho, a região de Curitiba continua apresentando uma das menores taxas de desemprego do país”, analisa.
O índice de Curitiba, acrescenta, é agora o segundo menor entre as demais regiões metropolitanas, atrás apenas da taxa do Rio de Janeiro (8,1%). Os maiores índices foram constatados nas regiões metropolitanas de Salvador (14,9%), Recife (13,4%), São Paulo (12,5%) e Belo Horizonte (10,7%). Porto Alegre apresentou taxa igual a de Curitiba. A média brasileira foi calculada em 11,2%.
Mais empregos – Os dados do Ipardes confirmam o levantamento do Ministério do Trabalho que aponta a região de Curitiba como uma das que mais geram empregos do país. De acordo com o levantamento, a grande Curitiba registrou mais 25.885 empregos formais nos primeiros sete meses do ano, um crescimento de 381% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Só no comércio de Curitiba e região foram abertos no primeiro semestre 16.016 novas vagas. Dados do Dieese apontam também que o Paraná se tornou o terceiro Estado que mais vende no varejo no país. Agora, para atender a demanda do fim de ano, os comerciantes prevêem a contratação de 12 mil postos de trabalho temporário entre setembro e novembro.
Rendimento - Quanto ao rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas na Região Metropolitana de Curitiba, a pesquisa do Ipardes indica que houve uma alta de 5,5%. O rendimento passou R$ 921,58 em junho para R$ 972,50 em julho, valor superior ao da renda média calculada pelo IBGE para as seis regiões metropolitanas brasileiras (R$ 901,20).
“Se comparada ao mesmo período de 2003, a renda na região metropolitana de Curitiba apresentou um acréscimo de 15,9%”, afirma Sachiko.
Outro dado positivo apontado pela PME diz respeito ao número de empregados com carteira de trabalho assinada. Em julho, houve um acréscimo de 1,5% no número de empregados com carteira assinada na RMC, o que significa mais 9 mil pessoas nessa condição. Houve também, redução de 3,1% no número de empregados sem carteira assinada.
PIA E PEA – De acordo com a pesquisa do Ipardes, o número de pessoas com 10 anos ou mais de idade e que compõem a População em Idade Ativa (PIA) foi de 2,293 milhões. Destas, 59,1% eram economicamente ativas (PEA), e 40,9% eram não economicamente ativas (PNEA), correspondendo a 1,355 milhão e 938 mil pessoas, respectivamente.
A PEA apresentou decréscimo de 0,6% em relação ao mês anterior e acréscimo de 0,7% a julho de 2003.
A taxa de atividade – relação entre PEA e PIA – foi de 59,1%, mantendo-se constante em relação a junho. Quando comparada a julho de 2003, a taxa de atividade sofreu um decréscimo de 1,8%.
Sobre o número de pessoas ocupadas, o coordenador da pesquisa, Ciro Cézar Barbosa, afirma que a estimativa é de 1,234 milhão. “O número de pessoas ocupadas em julho foi 0,9% menor que o total calculado em junho. Porém, houve um acréscimo de 2,2% sobre o mesmo período de 2003”, acrescenta.
Grupos de atividade – Levando em conta os grupamentos de atividade, o da “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” apresentou acréscimo de 0,8% no número de pessoas ocupadas. Os grupos “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas”, e “serviços domésticos” também apresentaram acréscimo de 2,1% e 4,7%, respectivamente.
O grupo “comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” apresentou uma ligeira alta de 0,4%.
Por outro lado, o grupo “construção civil” teve um decréscimo de 7,4% no número de pessoas na mesma condição. Os grupos “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais”, e “outros serviços”, também tiveram quedas de 1,6% e 4,8%.
Em comparação a julho de 2003, os grupamentos que apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas foram: “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (9,7%); “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” (6,9%); e “serviços domésticos” (3,5%).
Com queda, ficaram: “construção civil” (10,2%); “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (1,3%); “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (1,6%) e “outros serviços” (1%)
Ainda sobre o número de pessoas ocupadas em julho, o Ipardes informa que 73,8% estavam na condição de empregados (911 mil); 19% trabalhavam por conta própria (235 mil); e 5,6% eram empregadores (69 mil).