Taxa de desemprego em Curitiba fica em 8,7%

Segundo levantamento do Ipardes e do IBGE, o novo índice permanece entre os três menores do país. A média nacional foi calculada em 10,6%
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06/04/2005 - 15:40
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A Região Metropolitana de Curitiba fechou o mês de fevereiro com uma taxa de desemprego de 8,7%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quarta-feira (6) pelo Ipardes em parceria com o IBGE. A região de Curitiba apresentou a terceira menor taxa entre as regiões pesquisadas, ficando atrás somente da região de Porto Alegre (7,1%) e Rio de Janeiro (8,4%). A maior taxa foi constatada na região metropolitana de Salvador (15,6%), seguida por Recife (13,2%), São Paulo (11,5%) e Belo Horizonte (9,9%). A média para as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE foi de 10,6%. PIA e PEA - A PME estimou em 2,419 milhões o número de pessoas com 10 anos ou mais de idade e que compõem a População em Idade Ativa (PIA) na grande Curitiba, sendo que destas 60,6% eram economicamente ativas (PEA), representando 1,465 milhão de pessoas. Ainda de acordo com a pesquisa, a PIA apresentou variação de 0,9% (21 mil pessoas) em relação ao mês de janeiro. Já a PEA teve variação de 2,4% em relação ao mês anterior, o que indica a inserção de 35 mil pessoas no mercado de trabalho. Em comparação ao mês de fevereiro de 2004, o acréscimo foi de 6,8% (93 mil pessoas). A diretora do Centro Estadual de Estatística, Sachiko Araki Lira, explica que em fevereiro a taxa de atividade (relação entre PIA e PEA) foi de 60,6%, o que significa um acréscimo de 1,7% em comparação ao mês de janeiro e de 3,4% em relação a fevereiro do ano anterior. O número de ocupados em fevereiro de 2005 foi de 1,337 milhão, apresentando acréscimo de 1,4% se comparado ao mês de janeiro. Em relação a fevereiro de 2004 o acréscimo foi de 5,4% (68 mil pessoas). Grupo de atividade - Segundo a PME, os setores que apresentaram acréscimo no número de pessoas ocupadas em relação a janeiro de 2005, foram: “construção civil” (4,8%), “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” (1,1%), “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (7,5%), “serviços domésticos” (6,5%) e “outros serviços” (3,9%). Em comparação ao mesmo mês de 2004, os grupamentos que apresentaram aumento, foram: “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (17,2%), “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (2,1%), “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (4,7%), “serviços domésticos” (8,9%) e “outros serviços” (6,5%). Os grupos que apresentaram decréscimo no número de pessoas ocupadas em fevereiro de 2005, foram: “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (3,4%) e “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (5,7%). Em comparação a fevereiro de 2004, o grupamento “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” apresentou redução de 1,7% no número de pessoas ocupadas. Ainda em relação ao mês de fevereiro de 2004, o grupamento “construção civil” manteve-se praticamente constante, com uma pequena redução de 0,9%. Quanto ao número de pessoas ocupadas, o coordenador da PME, Ciro Cézar Barbosa, explica que em fevereiro de 2005, 72,6% estavam na condição de empregados (971 mil), 19,8% trabalhavam por conta própria (265 mil) e 5,5% eram empregadores (73 mil). Box: Rendimento do trabalhador cresce 5,8% Sobre o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas, a pesquisa Ipardes/IBGE revela que houve um acréscimo de 5,8% se comparado ao mês de janeiro de 2005, passando de R$ 887,19 para R$ 938,60 em fevereiro. Em relação a fevereiro de 2004, o acréscimo foi de 4,2%.