Taxa de desemprego em Curitiba fica em 8,1%


Índice ficou 0,1 ponto percentual abaixo do mês anterior e menor do que a média das demais regiões metropolitanas medida pelo IBGE, que foi de 10,2%
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24/06/2005 - 15:10
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A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) no mês de maio teve uma pequena queda em relação ao mês anterior, passando de 8,2% para 8,1%. O índice, divulgado nesta sexta-feira (24), foi apurado pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Social (Ipardes) em parceria com o IBGE. Com isso, o número de pessoas desocupadas e procurando trabalho foi de mil a menos do que em abril. O índice da RMC ficou acima apenas do de Porto Alegre, que foi de 7,7%. Nas demais regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, o resultado foi o seguinte: Salvador (15,9%), Recife (12,8%), São Paulo (10,5%), Belo Horizonte (8,9%) e Rio de Janeiro (8,5%). A taxa média das regiões pesquisadas pelo IBGE foi de 10,2%. Rendimentos – No mês de maio, a renda média real habitualmente recebida pelas pessoas ocupadas foi de R$ 941,30, valor praticamente igual ao de abril (R$ 945,47). Na comparação entre maio de 2005 e maio de 2004, o rendimento médio manteve-se praticamente igual, que era de R$ 938,61. Em comparação com abril, os empregados do setor privado com carteira assinada tiveram aumento de 1,8% em sua renda média e queda de 3,4% em relação a maio de 2004. Já os empregados sem registro tiveram pequeno acréscimo de 0,7% em seus rendimentos médios em relação a abril e de 6,1% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Da mesma forma os trabalhadores autônomos tiveram aumentos na renda média de 1% e de 15,9%, respectivamente. Grupos de atividades – O grupo composto pela indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água foi o que registrou maior crescimento no número de pessoas ocupadas, com 3,5%, concentrando 19,5% desse contingente. Os outros grupos que apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas em relação a abril foram: comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis, com 21,7% das pessoas ocupadas e crescimento de 2,1%; intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas, representando 11,5% das pessoas ocupadas e crescimento de 1,3%; e “serviços domésticos”, com 7,4% do total de ocupados e crescimento de 1%. Com queda no número de pessoas ocupadas ficaram os grupos: construção civil, com 7,7% dos ocupados e redução de 5,5%; administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais, com 15,9% do total de ocupados e redução de 1,4% no seu contingente; e outros serviços, que compreende 15,3% do total de ocupados e teve uma queda de 2,8%. Em comparação com maio de 2004, todos os grupamentos de atividade tiveram aumento no número de pessoas ocupadas: indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água (13,7%); construção civil (7,2%); comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis (6,9%); intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (5,4%); administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais (11,4%); serviços domésticos (17,6%) e outros serviços (4%). Registro – Também o número de trabalhadores com carteira assinada manteve-se praticamente igual em relação a abril: -0,3%. No entanto, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, o acréscimo foi de 11,3%. Segundo, Sachiko Araki Lira, diretora do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, esse aumento em relação a maio de 2004 representou 68 mil pessoas. Por outro lado, a informalidade aumentou em relação a abril. O número de empregados sem registro cresceu 3,6% em relação ao mês de abril e 1,8% em relação a maio de 2004. Já o número de trabalhadores autônomos manteve-se constante em relação a abril e teve um acréscimo de 5,4% quando comparado a maio do ano passado. Do total de pessoas ocupadas em maio, 74,4% eram empregados (1,009 milhão), 18,8% trabalhavam por conta própria (255 mil) e 5,2% eram empregadores (71 mil). Pessoas em Idade de Trabalhar – A pesquisa do Ipardes mostra que em maio, 2,430 milhões de pessoas estavam em idade de trabalhar (População em Idade Ativa) na Região Metropolitana de Curitiba. Desse total, 60,7% ou 1,475 milhão de pessoas, estavam trabalhando ou procurando emprego (População Economicamente Ativa) e 39,3% ou 954 mil pessoas não, apesar de terem condições para isso (População Não Economicamente Ativa). Esse número representou uma queda de 0,5% em relação ao mês anterior e de 3,2% em relação a maio de 2004. De acordo com Sachiko Araki Lira, em comparação com maio de 2004, a População Economicamente Ativa da RMC cresceu 7,8%, o que representa uma inserção de 107 mil pessoas no mercado de trabalho. Já em relação a abril deste ano, a taxa manteve-se estável, correspondendo a 1,475 milhão de pessoas. A relação entre as pessoas economicamente ativas e as em idade ativa (taxa de atividade) foi de 60,7%, praticamente igual à do mês de abril. No entanto, na comparação com maio de 2004, o acréscimo foi de 2,6 pontos percentuais, sendo esta diferença significativa estatisticamente, de acordo com a diretora do Centro Estadual de Estatística. Também o número de ocupados em maio foi praticamente igual ao de abril: 1,355 milhão. O aumento foi de 8,1% (102 mil pessoas) quando comparado a maio de 2004.