A Região Metropolitana de Curitiba apresentou em setembro uma taxa de desemprego de 7,9%. O índice, divulgado nesta sexta-feira (5), faz parte da pesquisa mensal realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em parceria com o IBGE. A taxa ficou abaixo da de agosto (8,2%) e, mais uma vez, é a menor do país.
A diretora do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Sachiko Araki Lira, informou que o novo índice representa 110 mil pessoas desocupadas. “É um resultado 2,7% menor que o de agosto, quando o número de desempregados chegava a 113 mil pessoas”, explica.
Em comparação a setembro do ano passado, o número de trabalhadores a procura de emprego caiu 3,5%, o que representa 4 mil pessoas a menos nesta condição, sendo que naquele período a taxa de desocupação calculada pelo Ipardes foi de 8,4%.
Depois da grande Curitiba, as menores taxas, em setembro, foram verificadas em Porto Alegre (8,7%), Rio de Janeiro (8,8%), Belo Horizonte (10,2%), São Paulo (11,7%), Recife (12,4%) e Salvador (15,6%). A média nacional foi calculada em 10,9%.
PIA e PEA - A pesquisa do Ipardes revela que em setembro o número de pessoas com dez anos ou mais de idade e que compõem a População em Idade Ativa (PIA) foi de 2,334 milhões. Destas, 59,6% eram economicamente ativas (PEA), correspondendo a 1,392 milhão.
Comparativamente ao mês anterior, a População Economicamente Ativa apresentou acréscimo de 0,8%, representando 11 mil pessoas. Comparado a setembro de 2003, o acréscimo foi de 2,7%, o que representa 36 mil pessoas.
Sobre a taxa de atividade, que em setembro foi de 59,6%, a diretora CEE, afirma que houve uma estabilidade em relação a agosto passado e um pequeno decréscimo em relação a setembro de 2003.
O número de pessoas ocupadas foi estimado em 1,281 milhão, apresentando acréscimo de 13 mil pessoas se compara ao mês de agosto e de 39 mil pessoas em relação a setembro do ano passado.
Grupo de atividade - De acordo com a pesquisa, os grupamentos que apresentaram acréscimo no número de pessoas ocupadas no mês de setembro em relação a agosto, foram: “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (0,8%); “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (8,1%) e “construção civil” (9,5%).
Em contrapartida, os grupos que apresentaram decréscimo foram: “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (3,1%) e “outros serviços” (1%). O grupo “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e comércio varejista de combustíveis” manteve-se praticamente constante (0,4%), enquanto o “serviços domésticos” permaneceu estável.
Comparados ao mesmo período de 2003, os grupamentos de atividade que apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas foram: “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (11,5%); “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” (3,4%); “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (6,1%); e “outros serviços” (4,6%). Com queda: “construção civil” (1,9%); intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (4,5%); e “serviços domésticos” (4,4%).
Do total de pessoas ocupadas em setembro, 73,1% estavam na condição de empregados (937 mil); 19,4% trabalhavam por conta própria (248 mil) e 5,6% eram empregadores (72 mil).
Em setembro, o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas foi de R$ 923,00, ficando praticamente igual ao de agosto (R$ 924,87). Em comparação com setembro de 2003, o rendimento subiu 11,4%.