A Região Metropolitana de Curitiba apresentou, pelo segundo mês consecutivo, a menor taxa de desemprego do país, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). A pesquisa, realizada em parceria com IBGE, apontou que o índice ficou em 8,4%, igual ao do mês anterior.
Com esse resultado, o Ipardes estima em 114 mil o número de desempregados na grande Curitiba. A média nacional foi calculada em 12,9%. A região com maior desemprego foi a de Salvador, com 17,6%, seguida pela de Recife (15%), São Paulo (14,8%), Belo Horizonte (10,8%), Porto Alegre (10,1%) e Rio de Janeiro (9,7%).
A pesquisa também estimou em 2,265 milhões o número de pessoas de 10 anos ou mais de idade e que compõem a População em Idade Ativa (PIA) na região de Curitiba. Destas, 59,9% (1,356 milhão) eram economicamente ativas (PEA) e 40,1% (909 mil) não economicamente ativas (PNEA).
A população economicamente ativa apresentou acréscimo de 1,3% em relação ao mês anterior, quando o número era de 1,339 milhão. Já a taxa de atividade (relação entre as pessoas economicamente ativas e as pessoas em idade ativa) teve um pequeno acréscimo. No mês passado era de 59,6%.
Construção - Considerando os grupamentos de atividade, os que apresentaram maior crescimento no número de pessoas ocupadas foram construção civil (3,9%); intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (2,7%); serviços domésticos (2,2%); indústria extrativa e de transformação, e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (1,7%); e outros serviços (3,1%).
Já o grupo que registrou queda foi o que inclui os setores de administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais (3,2%). O grupamento comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis manteve-se estável em relação a agosto.
A diretora do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Sachiko Araki Lira, observa que no grupo de administração pública a maior queda no número de pessoas ocupada foi no setor de educação. “Devido a reforma da Previdência muitos professores estão se aposentando”, explica. “Perdemos muitos doutores e mestres e a recuperação deve demorar um certo tempo”.
Rendimentos - O rendimento médio real habitualmente recebido pelos ocupados foi de R$ 782,20, valor praticamente constante em relação a agosto (R$ 779,94). Houve um acréscimo de 1,6% no rendimento médio real habitualmente recebido pelos empregados do setor privado, sendo que o dos empregados com carteira de trabalho assinada manteve-se praticamente estável e o dos sem registro, um acréscimo de 6,9%. Os trabalhadores autônomos tiveram um aumento de 1,8% nos rendimentos na comparação com o mês anterior.
O rendimento médio real efetivamente recebido pelos ocupados, referente a setembro, foi de R$ 775,91 (3,23 salários mínimos), superior ao de agosto (R$ 756,10). Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram acréscimo de 2,4% nos rendimentos médios efetivamente recebidos e os empregados sem registro, de 10%. Os trabalhadores autônomos apresentaram aumento de 6,8% nos rendimentos médios quando comparados aos de agosto.