Taxa de desemprego em Curitiba cai para 7,2%

Segundo o Ipardes/IBGE, o índice é o segundo menor do país e ficou bem abaixo da média brasileira, calculada em 9,6%
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26/01/2005 - 00:00
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A região metropolitana da Curitiba registrou queda no número de pessoas desocupadas no mês de dezembro de 2004 em relação a novembro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). De acordo com a pesquisa, realizada em parceria com o IBGE, a taxa de desocupação caiu de 8% para 7,2%. Com isso, o número de desempregados diminuiu de 112 mil para 100 mil. Em comparação as outras seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, a grande Curitiba se manteve como uma das regiões com menor taxa de desemprego, atrás somente da região de Porto Alegre, que apresentou taxa de 6,6%. Em seguida, ficaram Rio de Janeiro e Belo Horizonte, ambas com 8,5%, São Paulo (9,8%), Recife (11,1%) e Salvador (15,4%). A média nacional ficou em 9,6%. A diretora do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Sachiko Araki Lira, informou que a taxa média de desemprego na região metropolitana de Curitiba em 2004 ficou em 8,1% contra 8,9% em 2003. “Da mesma forma que o comparativo mensal, a taxa anual ficou abaixo da média calculada para as outras seis regiões pesquisadas pelo IBGE, estimada em 11,5%”. PIA e PEA - Quanto a População em Idade Ativa (PIA), a pesquisa estimou em 2,346 milhões o número de pessoas com 10 anos ou mais de idade na RMC, sendo que destas 59% eram economicamente ativas (PEA), correspondendo a 1,385 mil pessoas. Em comparação ao mês de novembro de 2004, a PEA apresentou decréscimo de 0,7%. Se comparada a dezembro de 2003, houve acréscimo de 1,8%, o que representa 24 mil pessoas a mais inseridas no mercado de trabalho da RMC. Ainda segundo a pesquisa, a taxa de atividade (relação entre PEA e PIA) foi de 59%, apresentando uma pequena redução de 0,4 ponto percentual em relação ao mês de novembro (59,4%) e queda de 0,7 ponto percentual em relação a dezembro de 2003 (59,7%). Quanto ao número de pessoas ocupadas em dezembro, o coordenador da PME, Ciro Cézar Barbosa, afirma que houve um acréscimo de 0,2% em relação a novembro, chegando a 1,286 milhão de pessoas. Quando comparado a dezembro de 2003, explica o coordenador, o acréscimo foi de 1%, o que corresponde a 13 mil pessoas. Grupo de atividade - Segundo a PME, os setores que apresentaram acréscimo no número de pessoas ocupadas em dezembro em relação a novembro, foram construção civil (11,6%), comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis (0,7%), intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (6,4%) e outros serviços (3,0%). Em relação a dezembro de 2003, os grupos de atividade que apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas foram os de indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água (4,2%), intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (0,7%), administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais (7,9%) e outros serviços (4%). Por outro lado, houve grupos que apresentaram redução no número de ocupados. Em dezembro de 2004, os grupos que apresentaram redução foram “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (6,5%), “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (4,5%) e “serviços domésticos” (3,3%). Quando comparado a dezembro de 2003, os grupos que apresentaram queda no número de pessoas ocupadas foram construção civil (4,5%), comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis (3,9%) e serviços domésticos (11%). Sobre o número de pessoas ocupadas em dezembro, Sachiko Araki Lira, explica que 72,3% estavam na condição de empregados (930 mil), 20,2% trabalhavam por conta própria (260 mil) e 5,5% eram empregadores (70 mil). Quanto ao número de empregados com carteira assinada, a diretora afirma que houve acréscimo de 0,5% em relação a novembro e queda de 3,9% no número de empregados sem carteira assinada. O número de trabalhadores por conta própria cresceu 5,3% (113 mil pessoas) e o número de empregadores diminuiu 7,9% em relação a novembro. Em comparação a dezembro de 2003, o número de empregados com carteira assinada cresceu 1,3% e o de empregadores 4,5%. Houve redução de 1,3% no número de empregados sem carteira assinada e de 4,8% de trabalhadores por conta própria. O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas foi de R$ 884,60, valor 3,4% maior ao recebido pelas pessoas ocupadas no mesmo período de 2003.