Tarifa da Região Metropolitana não vai subir

O presidente da Comec, Alcidino Bittencourt, salientou que a integração será mantida
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27/02/2004 - 00:00
Editoria
O presidente da Comec, Alcidino Bittencourt Pereira, disse, nessa sexta-feira (27) que o prefeito Cassio Taniguchi adotou uma atitude intempestiva aumentando a tarifa do transporte coletivo de Curitiba. “As consequências da postura do prefeito são imprevisíveis e colocam em risco um sistema criado ao longo de décadas com amplos benefícios sociais à população”, afirmou Alcidino. Bittencourt disse ainda que a tarifa da Região Metropolitana não vai subir e que a integração será mantida. “O que ocorre é que, agora, os técnicos da Comec vão retomar os estudos para readequar os itinerários de acordo com os desejos do usuário. Vamos analisar empresa por empresa, linha por linha pois uma de nossas preocupações é manter o equilíbrio econômico-financeiro das empresas”, salientou. O presidente da Comec revelou que recebeu um ofício do prefeito de Curitiba, comunicando que a partir de 1º de março a Urbs não seria mais responsável pelo gerenciamento do transporte metropolitano e nem pelo sistema de pagamento por quilometro rodado. “O prefeito está rompendo o convênio que transferia o gerenciamento das linhas de transporte coletivo integradas e não integradas para a administração da Urbs. Haverá, dessa forma, uma grande mudança institucional já que mudará a forma de pagamento das empresas, ou seja, os passageiros que tomarem ônibus estarão pagando diretamente às empresas”, disse Bittencourt. As afirmações do prefeito de que estaria aumentando a tarifa para evitar uma possível greve dos motoristas de ônibus foi contestada pelo presidente da Comec. “Em nenhum momento, na reunião realizada nesta quinta-feira, na Delegacia Regional do Trabalho, foi cogitada essa possibilidade pelos representantes dos motoristas”. Para Bittencourt, “é mais um artifício do prefeito para sair do imbróglio em que ele e o vice-prefeito se meteram quando um desautorizou o outro. Ficou evidente a inviabilidade do aumento, prova disso é que levaram quase 30 dias para chegar a uma conclusão. Da nossa parte vamos trabalhar para minorar as consequências dessa medida à população”, finalizou Alcidino.