Stephanes considera absurda polêmica sobre verba de saúde

Para ele, falta bom senso em perceber que governo está fazendo o máximo
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18/11/2003 - 00:00
Editoria
O secretário da Administração e da Previdência do Estado, Reinhold Stephanes, considera absurda a polêmica que alguns deputados estão promovendo sobre o orçamento para a saúde, colocando em risco os serviços de assistência aos militares e servidores públicos do Estado. “Os servidores seriam os maiores prejudicados se prevalecesse a visão dos que pedem para que essas verbas não sejam consideradas como recursos para a saúde”, afirma Stephanes. Responsável pelos projetos de reestruturação do Hospital da Polícia Militar e do Instituto Paranaense de Saúde (IPE-Saúde), ele pede bom senso aos deputados e ao Ministério Público. Ex-integrante da equipe de saúde do governo anterior, que chegou a destinar menos de 4% do orçamento para o setor, o deputado Luciano Ducci pediu ao Ministério Público para impedir a inclusão das verbas para a assistência dessas categorias no orçamento, que respeita a exigência constitucional de que o governo aplique 12% dos recursos anuais em saúde. “É lógico que o governador Roberto Requião gostaria de estar destinando mais recursos para saúde pública e colocando os custos de mais de R$ 100 milhões desses serviços na conta do funcionalismo, mas não há condições do Estado fazer isso”, argumenta o secretário da Administração. Incomodado com o absurdo da polêmica, lembra Stephanes, o governador anunciou que cogita a possibilidade de realizar cortes nos serviços de assistência aos servidores. “Isso seria uma medida extrema, que o governador não quer ter a necessidade de cumprir”, comentou o secretário. O anúncio do governador, acredita, teve o objetivo de sensibilizar o Ministério Público em relação ao fato de que esses investimentos precisam ser reconhecidos como aplicações em saúde. “O governador também está certo em considerar os recursos para saneamento como investimentos em saúde”, disse Stephanes. Nesta terça-feira, 18, acrescentou, o telejornal nacional mais assistido no horário do almoço divulgou pesquisa indicando que mais de 2 milhões de brasileiros morrem anualmente de doenças decorrentes da falta de água e esgoto tratados.