Falando em nome de 24 companhias estaduais de saneamento, o presidente da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe) e da Sanepar, Stênio Jacob, cobrou um compromisso público dos candidatos à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a continuidade dos investimentos no setor ao longo do próximo governo. Foi durante painel do 2º Latinosan – Conferência Latinoamericana de Saneamento, que se encerra nesta quinta-feira (18) em Foz do Iguaçu.
Segundo Stênio, existe um déficit superior a R$ 200 bilhões para que o setor atenda toda a população brasileira nos próximos vinte anos e as empresas do setor vem demonstrando cada vez mais capacidade e competência tecnológica para atender a necessidade da população.
Stênio participou de plenária ao lado de Yves Besse, presidente da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos; de Arnaldo Dutra, presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento; do economista Carlos Velez, do Banco Mundial e da presidente da Empresa Nicaraguense de Acueductos y Acantarillados, Ruth Herrera.
Falando para representantes de mais de 30 países, o presidente da Sanepar defendeu a água como bem público, o papel das empresas estatais no setor e apresentou os avanços tecnológicos da companhia, como a geração de energia elétrica a partir dos gases das estações de tratamento de esgoto e o reuso da água.
Stênio destacou que o saneamento básico vive hoje uma nova etapa no País. “Depois de passar os últimos anos no marasmo, de ver planos governamentais fracassarem e de assistir à saída de operadores internacionais do mercado, o setor viu saltar os gastos na área de R$ 3 bilhões em 2005 para cerca de R$ 10 bilhões em 2007”, destacou, lembrando que na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada no final de 2007, pela primeira vez a proporção de domicílios brasileiros ligada à rede de esgotos passou de 50%.
Para o presidente da Sanepar, uma das grandes conquistas do atual governo foi transformar, por lei, a água num bem público para que o líquido continue a ser instrumento de saúde e de melhoria de qualidade de vida. “O controle público possibilita, por exemplo, a concessão da tarifa social, diferenciada para os mais carentes, que já chegou a atender quase um milhão e meio de paranaenses. E possibilita que o Paraná tenha hoje cobertura de 100% da área urbana com água tratada e uma média de 60% de atendimento estadual com coleta e tratamento de esgoto. A capital, Curitiba, fechará o ano com 94% da população atendida, enquanto as cidades com mais de 50 mil habitantes estarão superando a marca dos 80% de coleta e tratamento”, enfatizou.
O presidente da Aesbe também cobrou eficiência por parte das empresas que atuam no setor. “A falta dessa eficiência operacional e administrativa está alijando muitas empresas estaduais e municipais das fontes de recursos para obras. Um exemplo desse fenômeno: houve uma queda de 72% na contratação de financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para saneamento básico em 2009 sobre 2008”, destacou.
Lembrou também que a Sanepar, no ano passado, pela quarta vez consecutiva, registrou o menor índice de perdas por ligação dos últimos 25 anos. “Foi através de um conjunto de ações norteadas pelo MASPP – Método de Análise e Solução de Problemas em Perdas, que hoje também é utilizado por outras empresas, que possibilitou que não fossem perdidos mais de 53 milhões de metros cúbicos de água no período”, acrescentou Stênio.
A busca do resíduo zero também foi abordada no painel pelo presidente da companhia paranaense. Por isso, a Estação de Tratamento de Esgotos Ouro Verde de Foz do Iguaçu faz parte da programação de visitas técnicas do Latinosan. A unidade transforma o resíduo sólido do tratamento do esgoto em adubo agrícola. Já os gases são geradores de energia, num processo certificado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel. Além de deixar a estação auto-suficiente, o excedente de energia é repassado à rede da Copel.
“E para completar este ciclo, até o final do mês colocaremos em operação a ETE Atuba Sul, em Curitiba, onde o resíduo líquido deixa de voltar ao rio e se transforma em água para uso industrial”, informou ainda Stênio.
Segundo Stênio, existe um déficit superior a R$ 200 bilhões para que o setor atenda toda a população brasileira nos próximos vinte anos e as empresas do setor vem demonstrando cada vez mais capacidade e competência tecnológica para atender a necessidade da população.
Stênio participou de plenária ao lado de Yves Besse, presidente da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos; de Arnaldo Dutra, presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento; do economista Carlos Velez, do Banco Mundial e da presidente da Empresa Nicaraguense de Acueductos y Acantarillados, Ruth Herrera.
Falando para representantes de mais de 30 países, o presidente da Sanepar defendeu a água como bem público, o papel das empresas estatais no setor e apresentou os avanços tecnológicos da companhia, como a geração de energia elétrica a partir dos gases das estações de tratamento de esgoto e o reuso da água.
Stênio destacou que o saneamento básico vive hoje uma nova etapa no País. “Depois de passar os últimos anos no marasmo, de ver planos governamentais fracassarem e de assistir à saída de operadores internacionais do mercado, o setor viu saltar os gastos na área de R$ 3 bilhões em 2005 para cerca de R$ 10 bilhões em 2007”, destacou, lembrando que na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada no final de 2007, pela primeira vez a proporção de domicílios brasileiros ligada à rede de esgotos passou de 50%.
Para o presidente da Sanepar, uma das grandes conquistas do atual governo foi transformar, por lei, a água num bem público para que o líquido continue a ser instrumento de saúde e de melhoria de qualidade de vida. “O controle público possibilita, por exemplo, a concessão da tarifa social, diferenciada para os mais carentes, que já chegou a atender quase um milhão e meio de paranaenses. E possibilita que o Paraná tenha hoje cobertura de 100% da área urbana com água tratada e uma média de 60% de atendimento estadual com coleta e tratamento de esgoto. A capital, Curitiba, fechará o ano com 94% da população atendida, enquanto as cidades com mais de 50 mil habitantes estarão superando a marca dos 80% de coleta e tratamento”, enfatizou.
O presidente da Aesbe também cobrou eficiência por parte das empresas que atuam no setor. “A falta dessa eficiência operacional e administrativa está alijando muitas empresas estaduais e municipais das fontes de recursos para obras. Um exemplo desse fenômeno: houve uma queda de 72% na contratação de financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para saneamento básico em 2009 sobre 2008”, destacou.
Lembrou também que a Sanepar, no ano passado, pela quarta vez consecutiva, registrou o menor índice de perdas por ligação dos últimos 25 anos. “Foi através de um conjunto de ações norteadas pelo MASPP – Método de Análise e Solução de Problemas em Perdas, que hoje também é utilizado por outras empresas, que possibilitou que não fossem perdidos mais de 53 milhões de metros cúbicos de água no período”, acrescentou Stênio.
A busca do resíduo zero também foi abordada no painel pelo presidente da companhia paranaense. Por isso, a Estação de Tratamento de Esgotos Ouro Verde de Foz do Iguaçu faz parte da programação de visitas técnicas do Latinosan. A unidade transforma o resíduo sólido do tratamento do esgoto em adubo agrícola. Já os gases são geradores de energia, num processo certificado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel. Além de deixar a estação auto-suficiente, o excedente de energia é repassado à rede da Copel.
“E para completar este ciclo, até o final do mês colocaremos em operação a ETE Atuba Sul, em Curitiba, onde o resíduo líquido deixa de voltar ao rio e se transforma em água para uso industrial”, informou ainda Stênio.