Sonia Dorigo dá lição de amor ao investir no ciclismo

A ciclista Sonia Dorigo, 41 anos, é uma das veteranas dos 48º Jogos Abertos do Paraná. Ela compete a quase 10 anos por Londrina sempre ficando entre as primeiras colocadas
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08/11/2005 - 16:13
Editoria
A ciclista Sonia Dorigo, 41 anos, é uma das veteranas dos 48º Jogos Abertos do Paraná. Ela compete a quase 10 anos por Londrina sempre ficando entre as primeiras colocadas. “Não competi apenas em Guarapuava, porque naquele ano (1997) não teve o feminino”, lembrou. Nos últimos cinco anos, ela sempre esteve nos pódios. Ela credita a falta de medalhas nos primeiros anos, devido a ausência de uma equipe completa. Em Francisco Beltrão, Sonia Dorigo deixou escapar o pódio no circuito. Ela era considerada favorita para a prova de circuito, junto com a Juliana, mas, segundo a atleta, “esta prova acabou sendo de resistência, pois o circuito tinha dois quilômetros de subida, dois de descida. Imagina você subir 10 voltas, dá uma serra de 20 quilômetros. E além disso não é meu forte, pois sou sprintista”. Sonia, que tem uma academia de ginástica em Londrina, está com calendário cheio em Francisco Beltrão. Depois de correr o circuito, participou da contra-relógio nesta terça-feira (08), e vai disputar o mountain cross bike na quarta-feira (09), além do intercity na quinta-feira (10). Este ano, Sonia teve uma boa temporada, disputando inclusive um Campeonato Brasileiro e subindo no pódio em outras provas a nível nacional. “Só que vai chegando o fim de ano e você vai ficando cansada. Isto para mim é um hobby, porque eu tenho que trabalhar, eu dou sete aulas de ginástica todos os dias e tirei apenas terça e quinta para treinar” Quando parar de competir Sonia pretende ser treinadora. “Estou pensando parar no ano que vem. Eu já tentei parar três vezes, mas o amor é tão grande que eu não consigo. Mas não sei se eu paro”. Ela já está treinando quatro atletas, pois pretende montar uma equipe. “No futuro só quero treinar, mas sem assumir, pois eu não tenho tempo”. No ciclismo feminino paranaense, Sonia destaca Edileusa Reis, também de Londrina como uma outra veterana, além da Cleonice Delai, que tem mais anos de prova do que eu. “Está no sangue, a mulher é forte, treina um pouco e já começa a competir. Sobre o surgimento de novas caras no ciclismo feminino, Sonia dá os motivos. Ela disse que já praticou outras modalidades, mas nunca fiz um esporte que sofresse tanto na minha vida. É muito duro e hoje está difícil. “Você vai pegar um jovem e ele não quer abrir mão de sua vida social, das baladas. Estou há 10 anos sem vida social. É treinar e dormir. E como eu tenho a academia, tenho de abrir mão. É treinar e descansar”, finaliza.