Software Livre é diretriz do governo do Paraná

Afirmação foi feita pelo chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, num fórum em Faxinal do Céu
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19/08/2005 - 15:31
Editoria
“Estamos começando algo novo no Paraná. A implantação do software livre na rede de governo é um desafio que estamos encarando de frente”. A afirmação foi feita pelo chefe da Casa Civil do Governo do Paraná, deputado Caíto Quintana , durante a abertura do fórum “O Paraná no mundo do software livre”, que iniciou ontem, quinta-feira, em Faxinal do Céu (Pinhão), na região centro-oeste do Estado. Quintana garantiu que o governo paranaense está dando o melhor de si para o desenvolvimento dos sistemas de código aberto no Paraná. Conforme disse, a opção pelo software foi feita antes da posse do atual governo e que sua implantação nos órgãos estaduais será definitiva a partir do próximo mandato. Conforme acentuou, a opção pelo software livre é uma questão estratégica para o governo parananese e, para sua consecução, lembrou os participantes que todos devem seguir essa diretriz. Promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos e pela Companhia de Informática do Paraná (Celepar), o fórum reúne técnicos de informática e diretores de vários órgãos estaduais. Para o presidente da Celepar, Marcos Mazoni, o processo de evolução tecnológica, do qual o software livre é conseqüência, está mudando o conceito das pessoas em relação ao próprio mundo em que vivem. “O software livre representa a oportunidade de sermos agentes dessa transformação”, assinalou. O secretário Nizan Pereira, por sua vez, concluiu que os avanços tecnológicos, sobretudo o advento da internet, “têm-nos permitido viver num mundo muito melhor”. Pereira lembrou que a rede mundial de computadores está promovendo o acesso de milhões de pessoas ao mundo da literatura, da pintura, da escultura, da música e tantos outros conhecimentos que eram inimagináveis até recentemente”. Referência - Convidado especial do fórum, o superintendente do Dataprev (Processamento de Dados da Previdência Social) do Rio Grande do Sul, Mário Teza, afirmou que atualmente existe um bom desenvolvimento em software livre acumulado, o que não ocorria há pouco tempo atrás, e citou o Paraná e a Celepar como referência desse processo. Como exemplo, mencionou o sistema de correio eletrônico, agenda e catálogo, desenvolvido pela estatal paranaense, o Expresso Livre, que em franca expansão já conta com mais de 30 mil usuários somente nos órgãos estaduais. “Se levarmos em conta que uma única conta custa R$ 60,00, imaginem a economia que o Estado está fazendo, cujos recursos podem ser investidos em outros setores da gestão pública”, destacou. Teza advertiu, no entanto, que apesar de todos os avanços ainda existe um longo caminho a ser percorrido para a consolidação do software livre. A principal dificuldade, segundo ele, é o usuário final fazer a migração dos programas proprietários – aqueles pelos quais são cobradas licenças – para software livre. “Para chegar lá são necessárias iniciativas como essas que o Governo do Paraná vem adotando, migrando os seus sistemas, desenvolvendo e divulgando a tecnologia dos programas de código aberto para todos os cantos”, disse. Concluindo, Teza disse que muitas resistências sobre o uso do software livre decorrem especialmente da falta de informação. “A própria Microsof (multinacional que detêm os direitos sobre o sistema operacional Windows) utiliza ferramentas de sofware livre em sua camada de redes. Então não existem razões para preconceitos”, finalizou. O fórum prossegue nesta tarde com uma análise sobre a implantação do software livre nos órgãos estaduais, relatos de casos de uso em vários órgãos governamentais e o estabelecimento e definição de metas para expansão do programa.

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