Mais 13.427 pessoas conquistaram um trabalho com carteira assinada no Paraná em outubro. Esse é o melhor desempenho paranaense para o período desde 1996. Chega a 89.037 o número de contratações realizadas em 2009 e o Estado se consolida como um dos líderes em geração de empregos no Brasil. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Ministério do Trabalho.
O resultado paranaense nos últimos dez meses só é menor que o alcançado por São Paulo, que registrou 399.092 empregos desde janeiro e tem população quatro vezes maior que a do Paraná, e por Minas Gerais, que gerou 115.391 postos de trabalho e tem o dobro de habitantes.
Na comparação entre os Estados da Região Sul, que têm características socioeconômicas semelhantes, os números do Paraná são muito superiores. Em Santa Catarina, foram 57.703 postos de trabalho abertos no período, enquanto no Rio Grande do Sul foram 50.227 vagas.
Em todo o País, foram criadas 230.956 oportunidades de trabalho em outubro. No ano, mais 1.163.607 brasileiros conquistaram um emprego formal.
RECUPERAÇÃO - De acordo com o secretário estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, o Caged de outubro mostra que o Paraná se recuperou rápido da crise financeira mundial e que 2009 deve fechar com um excelente desempenho, apesar das previsões pessimistas. “Ninguém acreditaria que, apenas um ano depois da pior turbulência econômica vivida pelo mundo globalizado, teríamos recorde em geração de empregos formais. Não só recuperamos todos os empregos perdidos durante a crise, como temos a previsão de aumento nas contratações. O governador Roberto Requião determinou medidas importantes em defesa dos trabalhadores e dos pequenos empreendedores, contrariando os interesses neoliberais que diziam o contrário. Hoje comprovamos que o Paraná estava no caminho certo”, afirma.
Para Garcia, os números de emprego no último mês reforçam o processo de recuperação econômica do Estado e são resultados de políticas públicas acertadas. “A isenção e redução de ICMS para micro e pequenas empresas, imposto menor para 95 mil itens de consumo básico, oferta de microcrédito e garantia do maior salário mínimo regional do Brasil são exemplos de ações essenciais em defesa do trabalhador e do empreendedor paranaense”, diz.
SETORES - A indústria da transformação, setor mais atingido pela crise mundial, foi responsável por 4.981 admissões no último mês. Desde janeiro, as atividades relacionadas à produção geraram 23.440 empregos. Destaque para a indústria de alimentos e bebidas, que abriu 16.108 vagas no ano; têxtil e vestuário; mais 3.322 postos de trabalho; e química e farmacêutica, com 2.005 contratações.
O setor de serviços empregou 2.248 trabalhadores em outubro e 31.943 pessoas nos últimos dez meses. Somente as atividades ligadas a alojamento, alimentação e manutenção criaram 10.686 oportunidades com registro em carteira de trabalho. No ramo de administração de imóveis foram 8.187 vagas abertas. No comércio, foram 17.683 contratações desde janeiro - mais de 4,7 mil no mês passado.
A construção civil foi responsável por 10.847 admissões no ano, sendo 1.323 destas em outubro. O setor foi o que registrou a maior variação no estoque de mão-de-obra: 10,01% mais trabalhadores ocupados em 2009 que no ano anterior.
Na agricultura, devido ao período de entressafra, foram eliminados 25 postos de trabalho em outubro. Ainda assim, no acumulado do ano o saldo (diferença entre o total de contratações e demissões) é positivo, com 2.874 novos empregos.
INTERIOR - As cidades do interior foram responsáveis por quase 69% do total de vagas abertas no Estado, desde o início de 2009. Em dez meses, foram 61.389 postos de trabalho preenchidos no interior.
Na Região Metropolitana de Curitiba, foram 27.648 contratações no ano. A Capital responde por 19.488 vagas abertas entre janeiro e setembro.
Com o resultado de outubro, o total de trabalhadores com carteira assinada no Paraná subiu para 2.230.196 pessoas. Destes, 666.035 conseguiram emprego a partir de 2003, início do governo de Roberto Requião. O Paraná gerou 15 vezes mais empregos formais nos últimos seis anos e dez meses do que nos oito anos anteriores, quando foram abertos 37.882 postos de trabalho.
Geração de empregos no Paraná
1995 -25.327
1996 -32.805
1997 7.463
1998 -35.657
1999 -16.549
2000 28.143
2001 53.857
2002 58.857
Saldo do período: 37.882 empregos
2003 62.370
2004 122.648
2005 72.374
2006 86.396
2007 122.361
2008 110.903
2009 89.037 (até outubro)
Saldo do período: 666.035 empregos