O novo sistema de marcação de consultas e internamentos da Secretaria Estadual de Saúde, desenvolvido pela Celepar, tem auxiliado quem busca atendimento médico e hospitalar. O novo sistema, desenvolvido em tempo recorde, vai proporcionar uma economia de cerca de R$ 330 mil por mês. Em Maringá, ele entrou em funcionamento na sexta-feira (09) e nesse mesmo dia uma média de 80 internações foram marcadas.
Segundo a supervisora da Central de Leitos e Consultas de Maringá, Marilene da Cruz, os internamentos através desse novo sistema têm sido imediatos. “Estamos atendendo, na emergência, entre 80 e 100 internamentos. E se formos contar com pedidos prévios, chega a 200 por dia”, afirmou. O processo de marcação de consultas e internamentos ficou mais ágil após começar a ser feito pela Celepar.
“O sistema ficou mais simples, facilitou muito o trabalho. O tempo para se fazer o cadastro das pessoas ficou mais curto. Com isso, deu maior velocidade e deixou o serviço mais eficaz”, disse a supervisora, lembrando que o número de telas de acesso no computador diminui e que agora há um link direto com o banco de dados da Celepar.
Marilene contou que anteriormente o tempo para se marcar uma consulta era de cerca de um minuto e 30 segundos. “Hoje leva menos de um minuto. Temos conseguido marcar consultas em 50 segundos. E isso porque ainda faltam fazer certos ajustes. A tendência é melhorar ainda mais”, informou.
O processo de internamentos e consultas funciona da seguinte forma: assim que o paciente procura uma unidade médica, o médico telefona para a Central de Leitos e Consultas e faz o pedido. Imediatamente a Central cadastra o paciente que é atendido até no mesmo dia.
Prova dessa eficiência foi o atendimento feito a um jovem de 18 anos. Na sexta-feira, ele procurou um médico pedindo para ser internado e no mesmo dia já foi encaminhado a um hospital. “Pedi para me internarem para que eu pudesse me desintoxicar, já que sou usuário de drogas. É a minha primeira internação e foi tudo bem rápido”, contou, o rapaz que está internado há uma semana no Hospital e Maternidade Santa Lúcia, em Maringá.
Segundo a enfermeira-chefe do hospital, Delma Guimarães de Faria, ela atende uma média de 370 internamentos por mês. “Só na terça-feira (13) foram 16”, contou.
Economia - O contrato firmado pelo antigo governo com o Instituto Curitiba de Informática (ICI), que realizava este serviço, custava R$ 33,1 milhões para quatro ano, R$ 690 mil por mês. A Secretaria da Saúde calcula que passará a ter um gasto mensal de R$ 358 mil com a empresa que fará a contratação das equipes de médicos, enfermeiros, motoristas, auxiliares de enfermagem e teleatendentes.
“Não havia nenhuma necessidade de um contrato tão alto com o ICI se tínhamos a possibilidade de desenvolver o sistema dentro do governo, na Celepar, sem custo algum”, disse o diretor de sistemas de saúde da Secretaria da Saúde, Mário Lobato da Costa.
O governo do Estado anunciou o rompimento do contrato com o ICI no início de abril. O teste do novo sistema foi feito durante toda a semana e na sexta-feira funcionou em paralelo ao do ICI. À meia-noite de sexta, o ICI suspendeu as atividades. As centrais de marcação de leitos, que operam 24h, começaram a funcionar imediatamente.
De sábado até segunda-feira foi mantida a média de 400 internações/dia. Já as 11 centrais de marcação de consultas, que operam de segunda a sexta-feira começaram a funcionar ontem com o novo sistema. “Também não houve nenhum contratempo, e ainda temos a vantagem de ir aperfeiçoando o sistema conforme a nossa necessidade”, diz o diretor Mário Lobato.
Uma das ações para melhorar o sistema é a emissão com mais freqüência dos relatórios sobre o número de consultas e de internações realizadas. Pelo antigo sistema do ICI os relatórios eram mensais. O novo sistema pode disponibilizar informações gerenciais que não vinham sendo fornecidas pelo ICI.