Representantes de entidades empresariais que participaram na noite desta quinta-feira (20), na Associação Comercial e Industrial de Maringá, da audiência pública manifestaram apoio ao projeto do Governo do Estado que propõe redução de 18% para 12% na alíquota de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias em Serviços (ICMS), em operações internas, para cerca de 95 mil itens de consumo popular.
A expectativa do mercado é de aumento nas vendas. “Neste momento de crise, é de bom senso e louvável a iniciativa do Paraná de fazer com que as pessoas que ganham até sete salários-mínimos tenham uma economia de R$ 315 milhões por ano. Isto se converterá em melhor condição de vida, maior aquisição de produtos, fazendo com que o comércio possa se desenvolver ainda mais”, disse o diretor-presidente do Supermercado Cidade Canção, rede de Maringá, Carlos Tavares Cardoso.
Para os empresários, o benefício da redução será repassado ao consumidor final pelo próprio funcionamento do mercado, que é competitivo. “Tenho certeza de que haverá redução. Se olharmos a história dos supermercados do Paraná e nos horários nobres da televisão atualmente, vemos grandes comerciais, empresas que gastam fortunas para chamar o consumidor para sua loja. Isto prova que o setor é extremamente competitivo, e, por isso, o empresário busca sempre menor custo para repassar ao consumidor”, afirmou Cardoso.
Segundo ele, o cálculo do valor do produto para venda é feito automaticamente por programas que os supermercados dispõem – eles são diferentes, destacou Cardoso, mas a base de cálculo do imposto embutido no produto é a mesma. “Então, quando se reduz o ICMS, ao calulcar o preço de venda, o produto já sai com o benefício. Tenho convicção de que, no dia seguinte a aprovação, os empresários vão praticar os preços com a baixa do imposto, a exemplo do que ocorreu com a cesta básica quando o Governo Federal e do Paraná baixaram os impostos”.
Sobre o aumento de dois pontos percentuais em gasolina, energia elétrica, bebida, cigarro e comunicação, previstos no projeto para compensar a perda na arrecadação tributária, Cardoso disse que não terá impacto no custo da produção porque este aumento é muito pequeno. “A indústria, por exemplo, compensa o aumento na energia elétrica com a venda do produto”, comentou.
Cardoso ressaltou ainda que o aumento terá impacto ainda menor para o consumidor porque ele gasta menos com energia elétrica, telefonia e gasolina do que com os outros produtos, como alimentação, higiene e medicamentos. “É o Governo Requião que mostra que, com um imposto menor, mais pessoas vão pagar, virão para a formalidade e isto vai beneficiar a todos”, avaliou.
Para o presidente da Associação Paranaense de Supermercados em Maringá, Tarlei Kotsifas, o aumento não irá impactar no custo da produção porque será compensado pela redução do ICMS nos outros produtos, que são amplamente consumidos pelos empresários. “Não tenho a menor dúvida de que o setor ganhará. A avaliação é muito positiva e o projeto tem tudo para ser um sucesso. Mais uma vez, o governador Requião sai na frente e serve de exemplo para os outros estados”, afirmou Tarlei.
No varejo, a expectativa é a mesma, conforme apontou o presidente do Comércio Varejista de Maringá, Amauri Leal. Segundo ele, foram muitas as discussões sobre o projeto ao longo de meses, e a conclusão é positiva. “O comércio varejista é o canal que leva a esse resultado positivo, ao ganho para o consumidor, que será beneficiado com a redução no preço de venda dos produtos”, disse.
Leal destacou que, a princípio, a preocupação era sobre o aumento no custo do transporte, mas como apenas diesel (e álcool) não sofrerá este aumento, será possível que os produtos cheguem mais baratos ao consumidor. “Existe outro cálculo que mostra que quanto menor a renda do consumidor, melhor resultado ele vai ter porque usa menos carro, tem o benefício do programa Luz Fraterna, por exemplo. Foram tomados vários cuidados (para a elaboração da proposta) e por isto aprovamos o projeto”.
Setores industriais apóiam minirreforma proposta pelo Governo do Paraná
Para os empresários, o benefício da redução será repassado ao consumidor final pelo próprio funcionamento do mercado, que é competitivo
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21/11/2008 - 11:08
21/11/2008 - 11:08
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